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O que esperar para a cotação do Bitcoin em 2025?

Bitcoin

Bitcoin. Foto: Pixabay

Nesta quinta-feira (14), o Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica, acima de US$ 124 mil, após romper um recorde no mês passado – quando a criptomoeda chegou pela primeira vez na casa dos US$ 123,2 mil. No início deste mês, com investidores realizando lucros após o forte desempenho obtido no sétimo mês do ano, a moeda acumulou sucessivas quedas.

Diante desse contexto, entenda a seguir os motivos que levaram o Bitcoin à sua maior cotação na história, compreenda as oscilações no preço e confira quais são as expectativas dos analistas para os próximos meses.

Liquidez, investimento institucional e macroeconomia

Em 2024, os ETFs de Bitcoin à vista foram aprovados nos Estados Unidos, e pouco mais de ano depois, essa modalidade de investimento já está consolidada, atraindo cada vez mais capital institucional. Na visão do planejador financeiro e especialista em investimentos Jhonatas Deodato e de Wander Guedes, gerente de operações da Transfero, esse é um dos pontos que explicam a máxima histórica do Bitcoin em julho.

“O volume expressivo de capital que passou a entrar nos ETFs de Bitcoin, especialmente nos Estados Unidos, redefiniu a dinâmica de oferta e demanda do ativo. Esses instrumentos não apenas facilitaram o acesso ao bitcoin por parte de investidores tradicionais, como também contribuíram para ancorar a percepção de legitimidade do criptoativo no sistema financeiro global”, explica Guedes.

Além disso, fatores macroeconômicos como expectativa corte nos juros americanos, a retomada do apetite ao risco e declarações de apoio por parte de políticos influentes, como Donald Trump, também contribuíram para o otimismo no mercado, segundo Deodato.

Jorge Souto, gestor do TC Digital Assets, complementa afirmando que muitas economias do mundo estão em processos de estímulos fiscais e monetários, e como o Bitcoin e outras criptomoedas são muito sensíveis à liquidez global, acabam se beneficiando desse movimento.

Correções não alteram os fundamentos

No início de agosto, após a máxima história obtida em julho, o BTC passou por um movimento de correção e voltou para o patamar dos US$ 115 mil. A queda teve a ver tanto com realização de lucros quanto com a geopolítica global, mas, de acordo com os especialistas, não é algo que altera a tese.

“A recente correção está relacionada à realização de lucros após a forte valorização e ao cenário macroeconômico global. A taxa de juros nos Estados Unidos segue em patamar elevado, tornando os títulos públicos americanos altamente atrativos. Isso reduz o apetite dos investidores por ativos mais voláteis como o Bitcoin”, diz Deodato.

“Tivemos também um PCE (indicador de inflação nos EUA) mais alto do que o esperado e Trump dando um ultimato à Rússia. No entanto, nenhum desses eventos deve impactar a trajetória altista desse semestre”, afirma Souto.

“Cenários como esse tendem a levar para uma reversão no fluxo de capitais para ativos considerados mais seguros. No entanto, o que estamos observando é uma tendência clara: o Bitcoin está se consolidando como ativo de valor global, além de ter deixado de ser visto apenas como uma aposta. E isso tende a neutralizar movimentos de retração mais severos”, complementa Guedes.

Novos recordes à vista?

Para a sequência do ano, os especialistas acreditam em uma trajetória positiva para o Bitcoin, sobretudo pelo momento macroeconômico global.

“Estamos vivendo um momento de readequação das políticas monetárias em mercados desenvolvidos, sobretudo nos Estados Unidos, onde o Federal Reserve iniciou um ciclo de redução das taxas de juros após anos de política contracionista. Esse novo ambiente com juros mais baixos traz de volta o apetite por ativos de maior risco e retorno, no qual o Bitcoin se insere com protagonismo”, afirma Guedes.

Além disso, diz o especialista, os criptoativos se beneficiam do aumento generalizado na liquidez nos mercados, fruto anto da queda das taxas quanto da expansão de políticas de estímulo econômico por alguns países.

“Diante desse cenário, investidores e empresas passaram a questionar a eficácia das reservas tradicionais, como dólar e ouro, e passaram a buscar ativos escassos e descentralizados. Assim, o Bitcoin surge como alternativa natural nesse contexto. Se esses elementos se mantiverem (e tudo indica que sim, ao menos no curto e médio prazo), não apenas é possível, como é provável que vejamos novos recordes ainda neste ano”, projeta Guedes.

Souto vai na mesma linha, e estima que a cotação do Bitcoin possa chegar a US$ 150 mil até o final de 2025.

Apesar de também apostar em um cenário promissor no médio prazo, Deodato frisa que a volatilidade na criptomoeda deve continuar, com a força do dólar e os juros altos pressionando essa classe de ativos.

No que ficar de olho?

Assim, de acordo com o planejador financeiro e especialista em investimentos Jhonatas Deodato, o gerente de operações da Transfero Wander Guedes e o gestor do TC Digital Assets Jorge Souto, o investidor deve ficar atento aos seguines fatores que podem impactar o preço do Bitcoin neste segundo semestre:

Essa matéria sobre o que esperar para a cotação do Bitcoin em 2025 não é uma recomendação de investimento.

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