O Banco Central (BC) projeta que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), deva desacelerar a partir do início do ano que vem. No Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (17), o BC reconhece que o indicador está elevado, mas projeta desaceleração para 2021.
“No início do próximo ano, a inflação mais baixa reflete transição para patamar mais favorável de bandeira tarifária e acomodação dos preços dos alimentos, ainda que em patamar elevado”, informou o relatório.
A instituição projeta a inflação em 4,3% nesta ano, 3,4% em 2021, 3,4% em 2022 e 3,3% em 2023. No último relatório, divulgado em setembro, as projeções eram de 2,1% em 2020, 3% para 2021, 3,8% para 2022 e 4,6% para 2023.
A meta da inflação é de 4% para 2020, 3,75% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,25% para 2023. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
“As projeções para preços livres são de inflação baixa em 2021, especialmente impactada pelo hiato do produto negativo”.
BC estima queda de 4,4% para PIB em 2020 e alta de 3,80% para 2021
No relatório, o Banco Central também informou suas projeções do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Para 2020, a instituição revisou a contração de 5% para 4,4%. Já para 2021, a autoridade monetária reduziu sua projeção de crescimento de 3,9% para 3,8%,
“A revisão da série histórica do PIB, que produziu elevação das variações interanuais nos dois primeiros trimestres de 2020, aliada ao desempenho no terceiro trimestre ligeiramente melhor do que o antecipado, na mesma métrica, contribuíram para a elevação da estimativa de variação anual”, apontou o BC no Relatório Trimestral de Inflação.