Banco Mundial reduz previsão do PIB global, mas mantém otimismo em relação ao Brasil

O Banco Mundial reduziu a sua projeção sobre o crescimento global do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Nesta terça (10), a instituição financeira disse que espera um avanço de 1,7% — antes, a expectativa era de 3%. Em meio a essa perspectiva negativa, o banco mantém otimismo em relação à economia brasileira.

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Para o banco, “qualquer novo desenvolvimento adverso poderia empurrar a economia global para a recessão”. Englobam este cenário hipóteses como um ressurgimento da pandemia de Covid-19, uma escalada das tensões geopolíticas, aumentos nas taxas de juros e na inflação, entre outros aspectos.

Com exceção das recessões de 2009 e 2020, essa projeção de crescimento global é a mais lenta em quase três décadas.

No relatório Perspectivas Econômicas Globais, a instituição manteve as suas expectativas positivas para a e economia brasileira. Na visão desses economistas, o PIB brasileiro deve avançar 0,8% em 2023, e 2% em 2024.

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Banco Mundial: análise sobre economia brasileira

Para o ano de 2022, a instituição acredita que a economia brasileira tenha crescido 3%, quando anteriormente havia projetado uma alta de 1,5%. Os especialistas argumentaram que as taxas de juros elevadas restringem os investimentos, e que o Brasil também enfrenta uma “desaceleração do crescimento das exportações”.

O estudo também apontou que as condições climáticas “têm sido favoráveis” para a safra de soja no País, enquanto na Argentina uma seca prolongada prejudica a produção de trigo.

O Banco Mundial qualifica a desaceleração em andamento no Brasil como “acentuada”, com forte contração do investimento em 2023, em quadro de alta nos juros pelo banco central local para conter a inflação. A instituição ainda afirma que a incerteza sobre a perspectiva da política fiscal é “mais um vento contrário” para a confiança dos negócios e os investimentos.

“As exportações do Brasil devem crescer mais lentamente que nos últimos anos por causa da desaceleração no crescimento da demanda por commodities não energéticas”, disse o relatório.

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Já o gasto do consumidor deve ser “um pouco apoiado” em 2023 por transferências fiscais e cortes tributários adotados no ano passado, a fim de compensar “os preços de alimentos e combustíveis em disparada”.

O Banco Mundial diz ainda que o crescimento no investimento deve ter “alguma aceleração”, e que a melhora na demanda global apoia o crescimento das exportações.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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