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Banco Central do Canadá cogita a criação de moeda digital

O Banco Central do Canadá cortou nessa sexta-feira (13) sua taxa de juros overnight em 50 pontos-base, para 0,75%.

O Banco Central do Canadá cortou nessa sexta-feira (13) sua taxa de juros overnight em 50 pontos-base, para 0,75%.

O Bank of Canada informou que não tem planos de colocar em prática a circulação de uma moeda digital neste momento, mas que existem preparativos para a criação, caso o ecossistema de pagamentos do Canadá seja alterado. As declarações foram feitas pelo vice-chefe do Banco Central (BC) do país, Tim Lane.

O executivo afirmou que o banco compreende que “não há um caso contundente” para a criação de uma moeda digital do Banco Central (CBDC) neste momento e traçou dois possíveis cenários que podem garantir a consideração de tal ação de política monetária.

“O primeiro é um em que o uso de dinheiro físico seja reduzido ou eliminado”, disse. “O segundo é um em que criptomoedas privadas façam sérias incursões”.

De acordo com as autoridades monetárias canadenses, o país está bem servido pelo seu ecossistema atual, o qual está passando por um processo de modernização, ao passo que as suas CBDCs podem levar anos para serem desenvolvidas.

Essa é uma modalidade de dinheiro tradicional, no entanto, digital e são emitidas e controladas pela autoridade monetária central de um país. Elas são diferentes de criptomoedas, como bitcoin, que são lideradas por comunidades online descentralizadas e criadas por meio da resolução de complexos cálculos matemáticos.

Confira: Banco Central tem resultado positivo de R$ 64,5 bi no segundo semestre de 2019

O Banco Internacional de Compensações levantou informações de que um número cada vez maior de bancos centrais podem lançar suas próprias moedas digitais nos próximos anos. Por mais que a maioria destes lançamentos iniciais sejam de mercados emergentes, a China, segunda maior potência econômica do planeta, é a que está mais perto de lançar uma CBDC.

O Banco Central do Brasil, por exemplo, anunciou, na última quarta-feira (19), uma medida de modernização do sistema financeiro brasileiro, o PIX. Não se trata de uma moeda digital, mas um processo de facilitação das transferências bancárias no País. A autoridade monetária central informou que o novo meio de pagamento será eletrônico, mais rápido e prático que as transações realizadas por DOC, TED ou boleto bancário.

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