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B3 (B3SA3) divulga 2ª prévia da carteira do Ibovespa: Auren (AURE3) é retirada e Vivara (VIVA3) continua; veja composição

Ibovespa

Ibovespa. Foto: iStock.

Nesta terça-feira (16), a B3 (B3SA3) divulgou a segunda prévia da carteira teórica do Índice Ibovespa, que será válida para o período entre maio e agosto de 2024. Na segunda prévia, a Auren (AURE3) saiu da composição, enquanto a rede de joalherias Vivara (VIVA3) continuou a fazer parte da futura composição.

Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Vale ON (VALE3) com 13,030%, Petrobras PN (PETR4) com 8,523%, Itaú Unibanco PN (ITUB4) com 6,947%, Petrobras ON (PETR3) com 4,505% e Banco do Brasil (BBAS3) com 3,809%.

Se confirmadas, com essas alterações, a carteira teórica do Ibovespa passará a contar com 87 papéis de 84 empresas diferentes. No entanto, uma nova prévia deve ser divulgada antes da versão final da carteira do índice, que entrará em vigor a partir de 6 de maio e terá validade por quatro meses.

A B3 divulga regularmente três prévias das novas composições dos índices: a primeira prévia no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira em vigor; a segunda prévia no pregão seguinte ao dia 15 do último mês de vigência da carteira em vigor e a terceira prévia no penúltimo pregão de vigência da carteira em vigor.

Estrangeiros sacam R$ 879,7 milhões na B3

Na última quinta-feira (11), os investidores estrangeiros realizaram saques no segmento secundário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), totalizando R$ 879,7 milhões em recursos. Esse movimento ocorreu em meio a uma queda de 0,51% no Ibovespa, principal índice da B3. Com essas retiradas, o déficit mensal dos investidores estrangeiros nesse segmento atingiu R$ 2,70 bilhões, enquanto o déficit anual alcançou a marca de R$ 25,60 bilhões.

Por outro lado, os investidores institucionais demonstraram um comportamento oposto, realizando aportes no valor de R$ 266,8 milhões no mesmo dia. Essa entrada de recursos contribuiu para reduzir o déficit mensal desse grupo para R$ 586,9 milhões, enquanto o superávit anual atingiu R$ 963,2 milhões.

Destacando-se ainda mais, os investidores individuais também contribuíram para o cenário positivo, com aportes de R$ 331,1 milhões na mesma data. Isso elevou o saldo positivo do mês para expressivos R$ 1,82 bilhão e o superávit acumulado em 2024 para robustos R$ 14,47 bilhões. Os números foram divulgados pela B3.

O que explica a saída de R$ 21,2 bilhões da Bolsa em 2024?

Os investidores estrangeiros já retiraram R$ 21,2 bilhões da B3  desde o começo de 2024.

No trimestre atual, se esse cenário permanecer, o mercado de ações do País caminha para colher o pior desempenho para o período, desde 2020, quando a economia global começou a ser chacoalhada pela pandemia da Covid-19 e a saída de recursos somou R$ 64,3 bilhões.

Em 2024, são dois os grandes vetores que explicam esse comportamento dos investidores internacionais na B3. O mais importante tem a ver com o cenário externo e as mudanças na expectativa do mercado para o rumo das taxas de juros nos Estados Unidos. Em menor grau, pesam também as tentativas mais claras do governo brasileiro de interferência na economia.

Na virada do ano, os investidores da Bolsa se mostraram otimistas e chegaram a prever seis cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos. Mas esse cenário foi sendo abandonado conforme os números divulgados apontavam para uma economia mais forte do que o esperado, o que indica um caminho mais difícil para o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) levar a inflação para a meta de 2%.

Na quarta-feira, 20, o Fed reforçou que o seu plano de voo é mais modesto. O banco central dos Estados Unidos manteve as taxas de juros no intervalo de 5,25% a 5,50% e sinalizou que devem ser realizados três cortes neste ano. Juros mais altos nos EUA tendem a atrair recursos aplicados em mercados emergentes, considerados mais arriscados, caso do Brasil.

“Houve uma mudança muito abrupta das expectativas de corte das taxas de juros nos Estados Unidos. E foi uma mudança guiada por um otimismo com os EUA”, afirma Marcela Rocha, economista-chefe da Principal Claritas.

De fato, os números dos Estados Unidos mostram uma economia bastante resiliente. O próprio Fed aumentou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano deste ano de 1,4% para 2,1%. A mediana para núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu de 2,4% para 2,6%.

“Desde o início do ano até agora, o que estamos vendo é o mercado de ações na B3 reprecificando os juros nos Estados Unidos”, diz Gabriela Joubert, estrategista-chefe do Banco Inter.

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