Em meio ao avanço no número de investidores na bolsa de valores, a lista de pessoas físicas devedoras na B3 (B3SA3) em agosto bateu um recorde e chegou a 54 páginas e mais de 2,2 mil nomes. As informações são da Coluna do Broadcast, do Estadão.
Atualmente, a B3 conta com quase 4 milhões de pessoas físicas, mas o crescimento na inadimplência é um sinal de que elas estão tendo problemas na hora de administrar suas aplicações em ações.
A bolsa de valores tem divulgado a lista de devedores periodicamente. Somente em 2021, foram cerca de 50 listas de devedores.
Até então, a relação dos inadimplentes da B3 costumava ficar em uma, duas ou, no máximo, três páginas. A mais longa havia sido publicada em junho, com 37 páginas, o que naquele momento causou espanto.
De acordo com a coluna, profissionais do mercado que atuam em corretoras e gestoras de recursos afirmam que parte dos calotes ocorre com pessoas físicas que operam alavancadas na bolsa de valores. Isso quer dizer que elas tomam crédito para investir, e perdem muito mais do que podem pagar.
Muitas vezes, a conta fica negativa rapidamente, e o investidor não tem recursos para pagar a chamada de margem da B3. A forte volatilidade vista nos últimos dias na bolsa de valores torna as operações ainda mais perigosas.
B3 enfrentou semana difícil
Na semana passada, por exemplo, algumas empresas tiveram forte queda depois de divulgar seus resultados trimestrais. Foi o caso da Qualicorp (QUAL3) e Lojas Americanas (LAME4), que protagonizaram as maiores quedas do Ibovespa nesta semana.
A Qualicorp caiu 23,5%, enquanto a varejista recuou 11,16%. Na ponta positiva, Cia Hering (HGTX3) e Embraer (EMBR3) subiram 9% e 8%, respectivamente.
Na semana, o índice recuou 1,32%, a despeito do S&P 500, que avançou 0,70% na semana. O principal índice acionário da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) terminou a semana a 121.193,75 pontos.
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