Novas queridinhas? Investidores pessoa física buscam mais debêntures do que CDB na B3

Com o aumento de emissões de dívida por parte das empresas, a ‘ponta compradora’ desses títulos também cresceu substancialmente. Segundo dados da B3 (B3SA3), as debêntures, títulos de dívida privada, tiveram mais busca de investidores pessoa física em 2023 do que os CDBs.

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O número de investidores em CDBs e o estoque investido segue acima das debêntures, contudo os números da B3 mostram que houve um crescimento de cerca de 24% no estoque de debêntures – para R$ 119 bilhões – ante um crescimento de 14,5% no estoque de CDBs.

“Em números absolutos, a distância ainda é grande. São 470,5 mil pessoas físicas em debêntures contra 11,7 milhões em CDBs, mas temos sentido um movimento de mais pessoas se interessando por títulos de dívida corporativa, que acabam sendo atrativos sobretudo em épocas de juros mais altos como o que temos visto nos últimos dois anos”, afirma Fabio Zenaro, diretor de Produtos de Balcão da B3.

Com isso, o aumento do investimento em debêntures é proporcionalmente superior ao observado no CDB, o produto de renda fixa mais popular entre os investidores individuais, com um rendimento mediano de 28% no número de investidores contra 17% dos CDBs.

Crescimento do investimento em debêntures - Foto: B3/Divulgação
Crescimento do investimento em debêntures – Foto: B3/Divulgação

Embora em números absolutos a diferença ainda seja significativa — 470,5 mil pessoas físicas em debêntures em comparação com 11,7 milhões em CDBs —, observa-se um movimento crescente de interesse por títulos de dívida corporativa.

Os títulos também têm sido apontados como uma alternativa para investidores que buscam diversificação em relação a LCIs, LCAs, CRIs e CRAs.

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Vale ressaltar que as debêntures de infraestrutura, conforme a Lei 12.431, contam com o benefício da isenção fiscal sobre os rendimentos para pessoas físicas, semelhante aos títulos mencionados.

No início de fevereiro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou restrições ao que pode servir como lastro para emissões desses ativos. Além disso, LCI e LCA passaram a ter prazos mínimos de resgate maiores.

“As novas regras devem levar a alguma redução na oferta desses papéis a partir deste ano, e as debêntures podem surgir como boas opções para suprir essa demanda”, destaca Zenaro.

Desempenho das ações da B3

As ações da B3 operam estáveis nesta terça (5), a R$ 12,30. Em uma janela de 12 meses, os papéis da bolsa de valores avançam 12%.

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Eduardo Vargas

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