Azul (AZUL4) e Itaú BBA pagarão multa para encerrar processo na CVM

A Azul (AZUL4) e o Itaú BBA (ITUB4) irão pagar uma multa, que totaliza R$ 1,3 milhão, para encerrar um processo administrativo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Procuradoria Federal Especializada (PFE) junto à CVM concluiu não haver impedimentos jurídicos para a celebração do acordo. A informação foi divulgada pela autarquia nesta quarta-feira (15).

A CVM estava investigando a desobediência de normas por parte da Azul, durante o período de silêncio que a empresa deveria ter respeitado em sua oferta pública inicial (IPO), que aconteceu em meados de abril de 2017. A operação tinha como coordenador líder o Itaú BBA.

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As negociações relacionadas ao acordo da Azul e do Itaú com a CVM incluem o pagamento de R$ 400 mil por parte da Azul e R$ 400 mil por parte do Itaú BBA. O restante será pago pelos seguintes proponentes:

  • John Peter Rodgerson – R$ 200 mil
  • David Gary Neeleman – R$ 200 mil
  • Roderick Sinclair Greenlees – R$ 50 mil
  • Eduardo Ferreira Guimarães – R$ 50 mil

Neeleman vende metade de sua participação na Azul

Em um momento delicado para as empresas do setor aéreo, a Azul informou, após o fechamento do mercado da última terça-feira (13), que seu controlador e fundador, David Neeleman, diminuiu em quase 50% sua participação na companhia. A informação foi divulgada por meio de um formulário consolidado enviado à CVM.

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De acordo com a companhia, o executivo vendeu 9,3 milhões de ações preferenciais (PNs), diminuindo seu total de 11,4 milhões de preferenciais para 2,11 milhões de PNs. Neeleman, que também detém participação na JetBlue Airways, criou a Azul em 2008, a qual começou a operar em janeiro do ano seguinte.

As vendas dos papéis pelo executivo foram realizadas entre os dias 12 e 18 de março, atingindo preços de R$ 10,60 a R$ 20,28. O maior volume financeiro foi transacionado no dia 16 de março, quando o fundador da Azul, por meio da corretora do Citigroup, vendeu 2,75 milhões de ações preferenciais a um preço de R$ 17,16, movimentando R$ 47,20 milhões. Ao todo, Neeleman levantou R$ 155,53 milhões com as vendas das ações da companhia aérea.

Juliano Passaro

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