Argentina quer renegociar dívidas a partir de março

De acordo com Santiago Cafiero, chefe de gabinete do presidente Alberto Fernández, a Argentina tem até março para renegociar aproximadamente US$ 100 bilhões de dólares. Dentre os credores estão detentores de bônus de títulos públicos e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

“O time econômico está negociando”, afirmou Cafiero no último domingo (15) ao jornal “La Nación” da Argentina. “Temos que tentar resolver as questões da dívida para que, fundamentalmente, se encaixem dentro de um programa macroeconômico sustentável”.

Além disso, o chefe de gabinete revelou que o novo ministro da Economia, Martín Guzmán, deve viajar aos Estados Unidos para reuniões com credores antes do final do ano.

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Cafiero disse ao jornal argentino que o governo pretende impor, nesta segunda-feira (16), uma taxação de 20% sobre bens e serviços comprados em dólares norte-americanos.

A iniciativa objetiva estabilizar a moeda local, que perdeu mais de 80% do seu valor ao longo dos últimos quatro anos, ajudando a levar a inflação para mais de 50% ao ano.

Argentina aumenta impostos sobre exportações agrícolas

No último sábado (14), o novo governo argentino decidiu aumentar os impostos sobre as exportações agrícolas. O objetivo é enfrentar a “grave situação das finanças públicas” do país, que é um dos maiores produtores e exportadores agrícolas do planeta.

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De acordo com a agência de notícias “EFE”, foram publicados um decreto e uma resolução que mudaram a legislação de exportações agrícolas da Argentina, que o ex-presidente Maurício Macri iniciou em setembro do ano passado.

Antes, as exportações agrícolas eram tributadas a uma taxa de 4 pesos por cada dólar exportado. No entanto, o governo argentino alegou que, desde que esse esquema foi implementado, “houve uma deterioração do valor dos pesos em relação ao dólar”.

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A primeira informação era de que os produtos seriam taxados em 9%, todavia, no decorrer do último sábado, os valores foram estabelecidos definitivamente. Segundo o jornal argentino “Clarín” as taxas ficam da seguinte forma:

  • Trigo: de 6,7% para 12%
  • Milho: de 6,7% para 12%
  • Girassol: de 6,7% para 12%

Após as eleições do dia 28 de outubro, Alberto Fernández foi eleito o novo presidente da Argentina. Com mais de 48% dos votos válidos, o peronista, que terá a ex-presidente Cristina Kirchner como vice nos próximos quatro anos, assumirá o comando do país com dificuldades financeiras a serem resolvidas.

Jader Lazarini

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