Governo Lula apresenta texto do arcabouço fiscal; entenda a proposta

A proposta de arcabouço fiscal foi enviada ao Congresso Nacional nesta terça-feira (18). A entrega do novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos, ocorreu em evento fechado no Palácio do Planalto, com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.

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Haddad disse mais cedo que espera uma “tramitação calma” do arcabouço tanto na Câmara quanto no Senado.

Haddad detalha projeto do novo arcabouço fiscal

No dia 30 de março, o novo arcabouço fiscal, política que substituirá o teto de gastos, foi apresentado ao público pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A nova política combinará um limite para o crescimento das despesas com uma meta de superávit primário — resultado positivo nas contas do governo sem os juros da dívida pública.

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Na apresentação, o Ministério da Fazenda elencou seis regras fiscais para o atingimento da meta. Confira:

  • 1 – Compromisso de trajetória de primário até 2026, com meta e banda de variação tolerável;
  • 2 – O atual teto de gastos passa a ter banda com crescimento real da despesa primária entre 0,6% a 2,5% a.a. (mecanismo anticíclico), com FUNDEB e piso da enfermagem excluídos dos limites (regras constitucionais já existentes);
  • 3 – Crescimento anual dentro da faixa de crescimento da despesa limitado a 70% da variação da receita primária dos últimos 12 meses;
  • 4 – Resultado primário acima do teto da banda permite a utilização do excedente para investimentos;
  • 5 – Se os esforços do Governo de aumento de receitas e redução de despesas resultarem em primário abaixo da banda, obriga redução do crescimento de despesas para 50% do crescimento da receita no exercício seguinte;
  • 6 – Investimentos possuem piso.

Segundo o documento apresentado pelas autoridades, o novo arcabouço fiscal proporcionará:

  • Menos inflação;
  • Mais estímulo ao investimento privado;
  • Menos juros na dívida pública;
  • Atração de investimentos internacionais;
  • Recuperação do grau de investimento;
  • Mais previsibilidade e estabilidade;
  • Recuperação do grau de investimento.

Ajustes

O projeto de lei complementar terá ajustes, que esclarecem pontos não divulgados no fim de março. A principal mudança diz respeito às arrecadações extraordinárias, que não serão consideradas no cálculo do limite de crescimento real (acima da inflação) de 70% das receitas, limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5% acima da inflação.

A equipe econômica decidiu incluir a medida para evitar que receitas atípicas não corram o risco de se tornarem gastos permanentes. As receitas a serem excluídas do cálculo são as seguintes: privatizações, concessões, permissões, royalties (exploração de recursos naturais) e dividendos das estatais.

Exceções

Outra mudança diz respeito aos tipos de gastos que podem ficar de fora da nova regra fiscal. Inicialmente, o governo tinha anunciado a intenção de excluir do arcabouço apenas o piso da enfermagem e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Agora, também ficarão fora do limite de crescimento de gastos os acordos de precatórios (dívidas com sentença definitiva da Justiça) a serem pagos com desconto, os gastos relativos às eleições e os aumentos de capital da União a empresas estatais não financeiras e não dependentes do Tesouro Nacional.

O teto atual de gastos prevê a exclusão das estatais não dependentes do Tesouro e dos gastos eleitorais dos limites de despesas e dos gastos da Justiça Eleitoral. O projeto de lei complementar, no entanto, manterá dentro da regra fiscal os aportes a bancos oficiais. A mudança tem como objetivo reduzir o espaço para megacapitalizações em bancos públicos, como foi feito entre 2009 e 2015 com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Gastos com projetos socioambientais ou relativos às mudanças climáticas custeados com recursos de doações, bem como despesas com projetos custeados com recursos decorrentes de acordos judiciais ou extrajudiciais firmados em função de desastres ambientais também ficarão fora do marco fiscal, de acordo com integrantes do governo.

A mudança permite que o Fundo Amazônia fique fora do novo arcabouço. Despesas das instituições federais de ensino custeadas com receitas próprias, de doações ou de convênios também ficarão fora da norma. Os gastos ambientais e de doações a universidades federais já estavam fora do teto de gastos desde a Emenda Constitucional da Transição.

Investimentos

Em relação aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o governo incluiu uma trava. De 2025 a 2028, caso o governo economize mais que a banda superior da meta de superávit primário estabelecida pelo arcabouço, até R$ 25 bilhões poderão ser remanejados a investimentos. A proposta original apresentada no fim de março previa que toda a sobra poderia ser destinada a investimentos.

A mudança tem como objetivo, segundo o Ministério da Fazenda, acelerar a redução da dívida pública em momentos de elevado crescimento da economia. Esse valor de R$ 25 bilhões será corrigido ano a ano pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O piso de R$ 75 bilhões para investimentos, também corrigido anualmente pelo IPCA, está mantido.

Inflação

Em relação à proposta original, também houve mudança no período do índice de inflação que corrigirá o crescimento das despesas. Foi mantido o sistema vigente no atual teto de gastos, que considera o IPCA apurado de janeiro a junho e uma estimativa de julho a dezembro. Isso dará ao governo atual uma pequena vantagem em 2024, caso o IPCA caia até meados de 2023 e volte a subir antes do fim do ano

Em relação ao crescimento das receitas, no entanto, o novo arcabouço considerará a inflação entre julho de dois anos antes e junho do ano anterior. Essa é a mesma regra que vigorou até 2021 no teto de gastos, que limitava o crescimento do gasto federal à inflação. O intervalo foi alterado com a Emenda Constitucional dos Precatórios.

O novo arcabouço fiscal limitará o crescimento real (acima da inflação) das despesas a 70% do crescimento real das receitas líquidas (descontadas as transferências para estados e municípios) no acumulado em 12 meses.

Parâmetros

Outra mudança no arcabouço diz respeito à inclusão dos parâmetros da nova regra fiscal em projeto de lei complementar, que necessita de aprovação por maioria absoluta no Congresso. Originalmente, a proposta era enviar as novas regras por projeto de lei complementar e os parâmetros por projeto de lei ordinária, que requer maioria simples no Congresso (metade mais um dos parlamentares presentes).

Para os próximos quatro anos, no entanto, os parâmetros também serão enviados por meio de projeto de lei complementar. A equipe econômica deu a possibilidade de que o próximo governo estabeleça os parâmetros por projeto de lei simples. Segundo o Ministério da Fazenda, a mudança teve como objetivo demonstrar maior rigor com o cumprimento do novo arcabouço e dificultar mudanças pelo Congresso.

Fazenda divulga perguntas e respostas sobre o arcabouço fiscal

Leia na íntegra o que o ministério da Fazenda divulgou no site do governo dúvidas e repostas sobre o marco fiscal.

NOVO ARCABOUÇO FISCAL / REGRA FISCAL

(Projeto de Lei: Regime Fiscal Sustentável)

O que é o Novo Arcabouço Fiscal ou Regime Fiscal Sustentável?
É um novo conjunto de dispositivos constitucionais, lei complementar e regulamentos que tem como objetivo deixar claro para investidores, sociedade em geral e agentes internacionais como o governo vai equilibrar e manter sob controle as contas públicas, e ainda realizar investimentos nos próximos anos. O principal balizador dessas normas é a fixação de uma trajetória consistente para o resultado primário do Governo Central, que são as receitas menos as despesas deste ente, descontadas as despesas financeiras com a dívida pública.

Como o Novo Arcabouço Fiscal vai funcionar na prática?
Há uma banda (piso e teto) para o crescimento real (descontada a inflação) das despesas do governo entre 0,6% e 2,5%. Isso evita gastos excessivos em momentos de maior crescimento econômico, quando as receitas crescem mais aceleradamente, e de paralisação do setor público quando há desaceleração da economia e as receitas caem. É um mecanismo que garantirá recursos para o custeamento adequado dos serviços públicos, como direcionamento dos recursos arrecadados da sociedade para gastos prioritários e para a ampliação dos investimentos públicos, sempre com contas sob controle. Isto é, trata-se de um instrumento que visa garantir responsabilidade social com responsabilidade fiscal.

Qual é a importância do piso para investimento?
A proposta contém um piso para investimento, de aproximadamente R$ 75 bilhões para 2023, que deve ser mantido em termos reais (isto é, corrigido pela inflação nos anos seguintes). Isso significa que, no mínimo, o investimento público terá seu valor real preservado a cada orçamento anual, evitando, assim, que investimentos importantes sejam cortados em períodos de menor crescimento da receita, como os investimentos em infraestrutura, por exemplo. Os investimentos públicos, como em infraestrutura, são importantes para o crescimento econômico, para a indução do investimento privado e para a oferta adequada dos serviços públicos, evitando o sucateamento e ampliando a capacidade de oferta desses serviços. A proposta permite, ainda, elevar gastos sociais e investimentos públicos, conforme o crescimento da economia, já que a expansão da receita será canalizada para as despesas, ainda que em menor proporção, para gerar superávits e garantir responsabilidade fiscal.

Qual a diferença entre “Arcabouço fiscal” e “nova regra fiscal”?
Não há diferença. Os dois termos representam o mesmo conceito, são sinônimos. Significam o conjunto de regras que passa a balizar as contas públicas e representa o compromisso simultâneo do governo com as responsabilidades fiscal e social.

Por que o governo está propondo o novo Arcabouço fiscal?
Porque as regras anteriores não cumprem os objetivos a que se destinam e geram desconfiança sobre a capacidade do governo de controlar as contas públicas. O “Teto de Gastos”, por exemplo, pretendia impedir a explosão do endividamento público, limitando o crescimento das despesas do governo à inflação registrada no ano anterior. Isso não funcionou tanto para o controle das contas públicas quanto para construir um horizonte sustentável de financiamento das políticas públicas.

Por que é importante considerar diferentes ciclos econômicos e políticos para financiar políticas públicas?
A atual regra do Teto de Gastos é “engessada” por não contemplar a possibilidade de gastos anticíclicos e de crescimento dos gastos para atender ao financiamento das políticas públicas, em especial saúde e educação. Além disso, desconsidera a capacidade de o Brasil voltar a crescer e redistribuir os ganhos desse crescimento. Pelo teto, mesmo em um momento de retomada, com consequente aumento da arrecadação, o governo fica impedido de utilizar a ampliação dos recursos disponíveis para financiamento das políticas públicas. Dado esse engessamento, no qual o aumento da receita não pode ser, ainda que em menor proporção, canalizado para a despesa, o teto de gastos estimulou a concessão de benefícios tributários a setores econômicos e empresas: um retorno muito menos transparente de ser avaliado pela sociedade. Essa norma também desconsidera o poder que o setor público tem para impulsionar a retomada da economia.

O novo arcabouço terá uma limitação de crescimento das despesas?
O novo Arcabouço Fiscal também adota uma regra de limitação de crescimento das despesas, mas supera os entraves impostos pelo Teto de Gastos, incorporando as melhores práticas de outra regra: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A LRF prevê, entre outros pontos, que cada aumento de despesa precisa ter como origem uma fonte de financiamento, inserindo limitações específicas aos gestores, como a limitação de aumentar despesas em ano eleitoral. No entanto, o novo Arcabouço Fiscal também supera algumas limitações da LRF, por exemplo, ao inserir uma banda sob a qual o resultado primário pode flutuar, como no regime de metas de inflação. O Governo Federal busca a meta, mas, dada a incerteza sobre os ciclos econômicos, este resultado pode variar entre as bandas inferior e superior. Este mecanismo auxilia o Governo a lidar com a incerteza sobre os ciclos econômicos e mitiga o problema do contingenciamento de despesas ao longo da execução orçamentária, que tem comprometido a boa execução das políticas públicas.

Por que o novo Arcabouço Fiscal é diferente das regras anteriores? Não vai acabar cometendo os mesmos erros do passado?
A diferença é que o novo Arcabouço Fiscal permite lidar com diferentes ciclos econômicos e políticos. Cada governo, em seu primeiro ano de mandato, poderá estabelecer suas metas e os parâmetros para o ciclo de quatro anos. Se uma administração desejar ser mais intensa no processo de redução da dívida ou do tamanho do Estado, ela poderá “calibrar” o percentual de crescimento das despesas em relação à receita primária. Isso permitirá manter o compromisso fiscal ao longo do tempo, mesmo com os ajustes necessários para cada ciclo econômico ou perfil de governo. O Teto de Gastos será substituído pelo novo Arcabouço Fiscal, mais moderno e adequado para o cumprimento das metas fiscais e compromissos sociais do Estado brasileiro.

Qual vai ser o efeito nas contas públicas em termos de resultado primário e dívida pública?
Uma das principais metas do novo arcabouço fiscal é eliminar o déficit primário já em 2024. A proposta prevê um superávit nas contas públicas em 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026. Para evitar uma rigidez excessiva, essa meta contempla uma banda de +/- 0,25% para o resultado primário em todos os anos. Considerando o cumprimento do centro das metas cumprido, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) deve se estabilizar em 76,54% do PIB em 2026. Já em um cenário otimista, com queda dos juros futuros, o endividamento cairia para 75,05% em 2026 (dados da Secretaria do Tesouro Nacional). Isso significa previsibilidade e estabilidade para os agentes da sociedade, com regras confiáveis e que realmente podem ser executadas, preservando os gastos relevantes para o bem-estar da social, em especial dos mais pobres. A ancoragem das expectativas sobre as contas públicas e a capacidade do Governo em honrar seus compromissos financeiros, abre espaço para que esses agentes cobrem menos para financiarem a Dívida Pública, isto é, possibilitam a queda nas taxas de juros, o que incentiva o crescimento econômico do país.

10.O governo vai aumentar os impostos com o novo Arcabouço Fiscal?

O novo Arcabouço Fiscal não vai aumentar a carga tributária. A proposta não prevê novos tributos ou aumentos das alíquotas atuais. Aliás, o novo Arcabouço Fiscal está alinhado a outra proposta de extrema importância, a Reforma Tributária, que está em sua primeira etapa focada na tributação sobre consumo (impostos indiretos) e também não vai elevar impostos, mas sim corrigir o caráter ineficiente e regressivo do atual sistema tributário, que penaliza a produção e também quem está na parte de baixo da pirâmide social.

Na prática, o que o novo Arcabouço Fiscal garante?

Uma regra fiscal sólida, confiável e ajustada à realidade do Brasil vai gerar muitos benefícios para o país. Vai promover a recuperação do orçamento de políticas públicas essenciais, como saúde, educação e pagamento do Bolsa Família. Também garantirá espaço para investimento público como, por exemplo, o programa Minha Casa Minha Vida, que está sendo retomado. A mudança vai colocar os brasileiros mais pobres de volta ao orçamento. Por ser uma regra confiável e que será efetivamente colocada em prática, terá reflexos também na retomada da ancoragem das expectativas dos agentes de mercado em relação ao controle das contas públicas. Essa melhora nas expectativas ajuda a promover a redução dos juros e a valorização cambial, contribuindo para um ambiente macroeconômico mais próspero e estável. Dessa forma, o novo Arcabouço Fiscal permite a melhora da “nota” de confiança que o Brasil tem no cenário econômico global, ou seja, pavimenta caminho para a recuperação do “grau de investimento”. Isso ajuda a atrair empresas, a incentivar novos investimentos e, como consequência, gerar emprego e renda para os brasileiros.

Como a nova regra vai evitar uma “explosão” de despesas públicas?

Não há risco de descontrole dos gastos públicos, pois o novo Arcabouço Fiscal contém uma regra limitando o crescimento das despesas a 70% do crescimento da receita primária dos últimos 12 meses (podendo ser menos, caso as metas fiscais não sejam alcançadas). Assim, se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1,4%, por exemplo. Além disso, o novo Arcabouço Fiscal conta com compromisso de trajetória de resultado primário até 2026, com meta e banda de variação tolerável e também um teto para o crescimento das despesas (2,5%). Se o resultado primário ficar acima do teto da banda, o excedente será usado, parcial ou totalmente, para investimentos públicos visando estimular o crescimento econômico e estabilizar o ciclo. Se o resultado primário ficar abaixo da banda, o aumento de despesas fica limitado a 50% do crescimento da receita primária no exercício seguinte.

Os limites de reajuste das despesas valem só para o Executivo?

Os limites deverão ser respeitados pelos Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário), além do Ministério Público e da Defensoria Pública da União.

Há exceções para esse critério de correção dos valores das despesas?

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o piso da enfermagem ficam excluídos dos limites, em pleno respeito às regras constitucionais já existentes e reforçando o compromisso social. O novo Arcabouço Fiscal vai respeitar o critério dos “mínimos constitucionais”, pelo qual a União é obrigada a aplicar pelo menos 15% da sua receita corrente líquida (RCL) em saúde e 18% de sua receita líquida de impostos (RLI) em educação. Os gastos com Saúde e Educação já são regulados pela Constituição Federal.

A nova regra prevê congelamento de gastos?

Não haverá congelamento de gastos de forma a permitir o funcionamento adequado da máquina pública. O novo sistema irá, sim, limitar o crescimento de despesas, que estarão atreladas à evolução das receitas e terão um teto para seu crescimento.

O que significa “anticíclico”?

Representa mecanismos compensatórios que permitem maior resiliência e estabilidade do orçamento público mesmo frente aos ciclos econômicos, especialmente nos momentos de desaceleração. Com um patamar mínimo de gastos (0,6%) em tempos de recessão e um limite dos gastos em tempos de crescimento, esse sistema consegue amortecer os impactos de choques econômicos. Quando a economia entrar em um ciclo recessivo, o crescimento real da despesa será corrigido no patamar mínimo de 0,6% (ou seja, há um crescimento real de gastos garantido). Garantir um crescimento mínimo de despesas permitirá a manutenção e a expansão de determinadas políticas públicas acima do PIB, de modo que o gasto governamental contribuirá para a retomada econômica. Já quando o crescimento acelerar muito, e consequentemente a receita crescer na mesma proporção, a elevação da despesa fica limitada a 2,5%. Assim não são exacerbados ciclos da economia, nem para cima, e nem para baixo. Ter menos oscilações representa mais estabilidade, o que é positivo tanto para as previsões do mercado quanto para o planejamento das políticas públicas.

17.Como serão informadas as projeções da dívida para os próximos anos?

As projeções constarão oficialmente do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que deve ser enviado pelo Poder Executivo federal ao Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano, respeitando os prazos e fluxos do processo orçamentário. Com o Arcabouço Fiscal, o Governo Federal pode chegar ao final de 2026 com a trajetória da dívida estabilizada, em patamar abaixo de 80%.”

Com Agência Brasil

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Janize Colaço

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