Americanas (AMER3): Investidores pedem R$ 500 milhões em indenização

O Instituto Íbero-Americano da Empresa, que reúne investidores do mercado de capitais, solicitou uma abertura de um procedimento de arbitragem contra a Americanas (AMER3) e a 3G Capital – dos acionistas de referência da varejista, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

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O pedido é de uma indenização de R$ 500 milhões aos acionistas da Americanas.

Isso, considerando o prejuízo com a queda das ações que foi amargado após a revelação do rombo contábil no início deste ano.

Conforme documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o instituto pede “a condenação dos Requeridos pela violação dos deveres fiduciários relacionados ao dever de prestar informação correta aos acionistas e ao mercado, com a anulação da compra de ações da Americanas por erro e devolução do valor pago devidamente corrigido ou, alternativamente, a critério do acionista, o pagamento da diferença entre o valor pago com base nas informações prestadas ao mercado e o preço correto da ação”.

Além disso, segundo informações da Reuters, a varejista está correndo para finalizar seu balanço do quarto trimestre.

A varejista também negocia mudanças no plano para conquistar os debenturistas que indicaram anteriormente que o rejeitariam.

A empresa prepara demonstrativos financeiros auditados em meio às negociações com credores.

A varejista já comunicou o mercado que estima que no dia 31 de agosto deve divulgar suas demonstrações financeiras passadas.

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Americanas não prevê data de acordo com credores

Em comunicado ao mercado, a varejista negou ter ‘previsão de uma data para a conclusão de negociação com credores’. A varejista se pronunciou após notícias na imprensa citarem informações de bastidores que apontariam para um fechamento do acordo em meados de setembro.

Segundo as informações do Estadão, o ‘prazo’ de setembro se dá pelo fato de que, após isso, a Americanas teria pouco caixa e problemas operacionais graves caso não chegasse a um acordo com credores.

Até lá, a expectativa é de que ambas as partes façam ajustes finos no acordo.

Ainda na véspera a varejista entregou seu plano de recuperação judicial à Justiça carioca, e recentemente tem comunicado alguns avanços no acordo com os credores.

Um deles é o do aumento de capital, que será feito pelos acionistas de referência – Lemann, Telles e Sicupira – em uma cifra de R$ 10 bilhões de imediato, podendo ter mais dois lotes de R$ 1 bilhão a depender da liquidez e da alavancagem da empresa.

Nesse sentido, os patamares de liquidez e alavancagem que liberam esse bilhões ‘ainda serão detalhados oportunamente’.

Além disso, também ficou acertado que os acionistas de referência ficarão impossibilitados de vender ações da Americanas por um determinado tempo (lock-up). Ou prazo, contudo, ainda não foi definido, mas informações de bastidores apontam para algo em torno de três anos.

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Eduardo Vargas

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