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A Allos (ALOS3), gigante do setor de shopping centers, anunciou que vai pagar dividendos de R$ 146 milhões em dezembro de 2025, o equivalente a R$ 0,29 por ação. A empresa está com um guidance mensal de pagamentos entre R$ 0,28 e R$ 0,30 por ação para 2026.
No total, serão até R$ 1,9 bilhão distribuídos no período. A busca por uma estrutura de balanço eficiente, com a alavancagem adequada, dada a forte geração de caixa de caixa da Companhia, explica o crescimento dos proventos mensais.
Com base no preço atual das ações, o retorno projetado equivale a um dividend yield em torno de 13% ao ano — quase três vezes mais do que o patamar pago neste ano.
A empresa vive um novo capítulo da sua história. Dois anos após a fusão com a brMalls, a companhia completou uma verdadeira virada de chave — saindo de um ciclo de integração, concluído com sucesso, para se consolidar como uma das grandes pagadoras de dividendos da Bolsa.
Cotação alos3
Da fusão à virada financeira da Allos
Desde a combinação de negócios com a brMalls, em janeiro de 2023, a Allos vem mostrando disciplina e eficiência na forma de alocar seu capital. Após o pagamento da aquisição, a companhia chegou a uma alavancagem de 2,4 vezes dívida líquida sobre EBITDA, o que a levou a adotar um plano de reequilíbrio financeiro.
Desde então, a empresa vendeu 13 ativos, levantando R$ 2,5 bilhões em caixa a um cap rate médio de 8,6%. Também reperfilou sua dívida, alongando prazos e reduzindo o peso das taxas de juros — uma decisão importante em um ambiente de custo de capital elevado.
Com essas medidas e uma forte geração de caixa operacional, a Allos conseguiu desalavancar rapidamente e direcionar recursos para os melhores shoppings do portfólio, destravando crescimento e fortalecendo a rentabilidade.
Essa nova fase também marcou uma mudança importante na forma como a Allos recompensa seus investidores.
Entre janeiro de 2023 e dezembro de 2025, a companhia vai ter alocado R$ 3,3 bilhões entre dividendos e programas de recompra de ações — sendo R$ 1,5 bilhão em recompras, com preço médio de R$ 22,12 por ação, e R$ 1,8 bilhão em dividendos e JCP.
Um dos destaques foi o cancelamento de quase 70 milhões de ações, o equivalente a 12% do total em circulação em 2023. Essa decisão reduziu o número de papéis disponíveis no mercado e ajudou a aumentar o valor por ação, reforçando o foco da companhia em gerar retorno sustentável para o acionista.
Eficiência e nova fase de crescimento
Hoje, a Allos segue com forte geração de caixa e vem avançando em um programa robusto de eficiência de custos e despesas, cujos resultados devem se intensificar a partir do primeiro trimestre de 2026.
Diante de um cenário ainda desafiador — com juros elevados e incertezas macroeconômicas —, a companhia adotou uma postura mais seletiva, reduzindo o ritmo de investimentos e priorizando projetos menores, de retorno rápido e alta rentabilidade. Essa estratégia garantiu alta liquidez e uma estrutura de capital sólida, sem abrir mão do crescimento.
Agora, com a expectativa de queda da taxa de juros em 2026, a Allos se prepara para realavancar o balanço para ao redor de 2x dívida líquida sobre EBITDA. O movimento deve sustentar o novo ciclo de dividendos mais elevados, consolidando a empresa como uma das líderes em retorno ao acionista na Bolsa brasileira.
Segundo a administração da Allos (ALOS3), a combinação de liquidez alta e geração consistente de caixa cria as condições ideais para manter um patamar robusto de dividendos nos próximos anos.
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