5 ações que podem se beneficiar da alta da energia; Eletrobras (ELET3) está na lista

A alta da conta de energia voltou ao centro das discussões nesta semana, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que foi impulsionado pela mudança da bandeira tarifária. O cenário impacta não somente o indicador de inflação e os bolsos dos consumidores, mas também pode refletir também em algumas ações, incluindo Eletrobras (ELET3).

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Após a alta de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma nova elevação da bandeira tarifária em outubro, que agora é vermelha, patamar 2. Com isso, o valor cobrado por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos é de R$ 7,877.

De acordo com a Aneel, a previsão de chuvas abaixo da média e as projeções de baixa afluência para os reservatórios das hidrelétricas contribuíram para a elevação das tarifas.

Quais setores do Ibovespa são afetados pela nova bandeira tarifária?

A alta da energia impacta não somente as empresas do setor elétrico, mas reflete na economia como um todo. Afinal, a elevação dos custos contribui também para a alta da inflação, o que pode reflete diretamente no poder de compra dos consumidores. Dessa forma, o cenário pode impactar até mesmo os segmentos atrelados ao consumo, como o varejo, por exemplo.

“A energia, seja ela elétrica ou de produção e deslocamento, como o petróleo, é um custo bastante relevante das principais cadeias produtivas, como indústria, setor de bebidas e alimentos, varejo… Como todo ‘bom custo’ é repassado para o consumidor, que quando sente pesar no bolso, acaba consumindo menos, reduzindo a demanda, e aumentando o custo produtivo das empresas, por estar produzindo sem dar vazão, ou seja, gerando menos receita. Um efeito cascata que acaba onerando o bolso de todos”, explica Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais.

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Já em relação às elétricas, é importante ressaltar que nem todas as empresas do setor de energia sofrem impactos positivos com a elevação das tarifas. De acordo com o especialista em mercado de capitais, as distribuidoras podem ser prejudicadas.

“Distribuidoras acabam sendo prejudicadas por conta do aumento da inadimplência na ponta final, em função da energia mais cara, então o consumidor paga mais, e as distribuidoras recebem menos, e em alguns casos incentiva formas alternativas de ‘consumo’, como o gato, sobrecarregando a rede, e aumentando o custo”, ressalta Alves.

Eletrobras e outras ações que podem se beneficiar

Por outro lado, outros papéis de companhias de energia podem se beneficiar do cenário. Além de serem parte de um segmento perene, que é menos suscetível às oscilações por fatores externos, a elevação dos preços da energia pode elevar as expectativas de ganhos do setor, embora nem sempre isso aconteça.

“Empresas como Eletrobras, Equatorial (EQTL3), Copel (CPLE6), CPFL (CPFE3), e Cemig (CMIG4) devem se beneficiar por serem alguns dos principais players do mercado, e que já vem capturando o resultado da eficiência operacional dos últimos anos, conforme os resultados divulgados”, destaca o especialista.

Vale ressaltar que essa matéria não representa uma recomendação de compra ou venda de ativos e busca apenas informar quais ações, como Eletrobras, podem se beneficiar da mudança tarifária.

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Giovanna Oliveira

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