Salários mundiais têm pior crescimento desde 2008, segundo a OIT

Os salários mundiais tiveram em 2017 o pior crescimento desde a crise financeira de 2008.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) isso aconteceu mesmo com a alta na economia dos países desenvolvidos.

Conforme relatório da OIT publicado nesta segunda-feira (26), o crescimento dos salários reais teve uma desaceleração no último ano.

Desta forma, o salário que é corrigido pela inflação registrou os seguintes índices:

  • Em 2016: aumento de 2,4%;
  • Em 2017: aumento de 1,8% (pior desde a crise de 2008).

Além disso, as organização internacional infirmou que as mulheres continuam recebendo cerca de 20% a menos que os homens.

Uma diferença de salários que persiste em um nível considerado inaceitável.

De acordo com o relatório da OIM, essa diferença salarial é “uma das maiores manifestações de injustiça social”.

Além disso, é mostrado que explicações comuns para as diferenças de remuneração não elucidam mais tal fato.

Desta forma, usar como exemplo a diferença de nível educacional entre homem e mulheres que ocupam cargo de mesma responsabilidade, não responde mais a diferença de 20% no salário.

Para a OIT, em quase todos os países predomina uma “parte sem explicação” que define essas diferenças salariais entre homens e mulheres.

Saiba mais: Proposta Orçamentária prevê aumento do salário mínimo em 2019

Salários no Brasil e Europa

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda da população nacional permaneceu estagnada neste ano.

No último trimestre avaliado, encerrado em setembro, foi individuada uma certa estabilidade do salário em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

  • Último trimestre: R$ 2.222 (média salarial)
  • Trimestre anterior: R$ 2.229 (média salarial)
  • 1 ano antes: R$ 2.208 (média salarial)

Já na Europa, o crescimento dos salários foi praticamente nulo em 2017. Ao contrário, nos países da Europa do Leste houve um aumento médio de 5% nos salários reais, superior ao 2,8% de crescimento apontado em 2016.

Renan Bandeira

Compartilhe sua opinião