3 em cada 10 famílias brasileiras vivem sem nenhuma renda do trabalho, diz Ipea

No primeiro trimestre de 2021, três em cada dez lares brasileiros viviam sem nenhuma renda obtida através do trabalho, segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Devido à crise provocada pela pandemia de covid-19, a proporção de domicílios sem nenhuma renda de trabalho saltou de 25,09% no primeiro trimestre de 2020 para 31,56% no segundo trimestre, com ligeira redução a 31,24% no terceiro trimestre, apontou o estudo do Ipea.

No quarto trimestre do ano passado, essa fatia de lares sem rendimento do mercado de trabalho permanecia elevada, aos 29,01%. Com a segunda onda da pandemia, o total de famílias sem renda do trabalho subiu a 29,34% no primeiro trimestre de 2021.

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O resultado reforça “como tem sido lenta a recuperação do nível de ocupação entre as famílias de renda mais baixa aos patamares anteriores à pandemia”, apontou Sandro Sacchet de Carvalho, técnico de Pesquisa e Planejamento da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea, na Carta de Conjuntura divulgada nesta quarta-feira (16).

A proporção de famílias brasileiras na faixa de renda mais baixa, que recebem menos que R$ 1.650,50 mensais, aumentou de 25,84% no primeiro trimestre de 2020 para 25,96% no primeiro trimestre de 2021.

Na faixa de renda mais elevada, com ganho acima de R$ 16.509,66 mensais, a fatia de domicílios enquadrados caiu de 2,69% para 2,42% no período.

Mais pobres sentem quase o dobro de inflação em relação a mais ricos, diz Ipea

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A alta nos preços de bens e serviços monitorados pelo governo, como energia elétrica, gás, combustíveis e medicamentos, fez a inflação dos brasileiros mais pobres encerrar o mês de maio quase duas vezes maior que a dos mais ricos, segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda registrou uma aceleração da pressão inflacionária na passagem de abril para maio em todas as faixas de renda. No entanto, a pressão foi maior entre as famílias mais pobres, com renda domiciliar inferior a R$ 1.650,50: a variação dos preços passou de 0,45% em abril para 0,92% em maio.

Entre as famílias de renda mais alta, que recebem mais de R$ 16.509,66 mensais, a inflação saiu de 0,23% em abril para 0,49% em maio. Entre os de renda média alta, com rendimento domiciliar mensal entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66, a inflação acelerou de 0,20% para 0,75% no período, segundo dados do Ipea.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Rafaela La Regina

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