A Petrobras (PETR4) divulgou que recebeu ofícios do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Economia com seis indicações para a próxima assembleia geral extraordinária. Esta, que ainda não tem data marcada, terá como objetivo avaliar as indicações feitas pela União no seu papel de acionista controlador.
Entre os seis indicados, dois já fazem parte da atual gestão do conselho de administração da empresa: Ruy Flaks Schneider e Eduardo Bacellar Leal Ferreira (presidente do órgão).
O general Joaquim Silva e Luna, atualmente diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, foi o nome escolhido por Jair Bolsonaro para substituir o atual CEO, Roberto Castello Branco.
A crise no conselho de administração da companhia se iniciou após esse fato, tendo continuado em 02/03, quando quatro membros anunciaram que não pretendiam permanecer nos cargos. Alguns deles, inclusive, deixaram claro o descontentamento com a interferência do presidente da República, motivo para a saída.
Nesse sentido, a União Federal, controladora da Petrobras, também indicou para compor o conselho da petroleira:
- Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, professora do Insper e integrante do conselho da Telefônica Brasil (VIVT4) e da Latam Airlines.
- Murilo Marroquim de Souza, que atuou na Petrobras entre 1971 e 1994, já tendo sido gerente da IBM na Unidade de Soluções para Indústria de Petróleo na América Latina.
- Márcio Andrade Weber, especialista em engenharia de petróleo pela Petrobras, onde ingressou em 1976 e trabalhou por 16 anos.
Vale destacar que a Petrobras, após os problemas observados no passado recente, implementou diretrizes de governança corporativa para que os diretores e conselheiros passem por uma análise de aptidão antes de obterem aprovação para fazer parte de seus quadros.
Dessa forma, as indicações da União devem passar por trâmites internos da estatal, buscando analisar se os indicados estão aptos a ocupar o cargo, mesmo antes de serem eleitos pela assembleia.
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