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Fatos que você precisa saber sobre AES Tietê (TIET11)

Hoje, falarei a respeito da AES Tietê Energia S.A., cujos códigos de negociação na B3 são TIET3, TIET4 e TIET11. Trata-se de uma interessante empresa de geração de energia elétrica. Abordarei a seguir alguns fatos que os investidores precisam saber a respeito de TIET11.

1 – Distribuição do portfólio da companhia

Primeiramente, todo investidor deve saber o que a empresa faz. Para isso, podemos observar seus ativos geradores de energia. Sua matriz, ao final de junho de 2019, era composta por Hidrelétricas (2.658 MW), Fontes Eólicas (386 MW) e Fontes Solares (294 MW).

2 – Os donos da empresa

Quando observamos a estrutura acionária da companhia, constatamos que ela é controlada pelo Grupo AES, com 61,6% das ações ordinárias (com direito a voto). A BNDESPar, subsidiária do BNDES, é um dos acionistas relevantes da empresa, com 14,4% das ações com direito a voto.

3 – Detinha um contrato com a Eletropaulo

A AES Tietê possuía um contrato bastante vantajoso com a Eletropaulo, no qual ela vendia a energia por um preço ligeiramente acima do mercado.

Como este contrato não existe mais, isso levou a rentabilidade de TIET11 a ser sutilmente afetada, uma vez que ela teve de achar outros compradores para sua energia no mercado.

4 – Tem buscado diversificação de suas receitas em termos de fontes energéticas

No passado, praticamente toda a receita vinha de ativos hídricos. No entanto, este cenário vem mudando. A AES estabeleceu como meta – até 2021 – ter pelo menos 50% da sua geração de caixa oriunda de outras fontes que não sejam hídricas.

Um destes ativos é o Alto Sertão II, que é uma usina eólica instalada na Bahia, com capacidade de 386 MW, adquirido por R$ 600 milhões.

5 – Investe bastante em inovação

A AES Tietê tem investido em geração solar distribuída, fazendo, inclusive, uma parceria com a Drogaria Araújo.

Além disso, ela investe em armazenamento de energia, cujo projeto piloto já está em andamento.

6 – Pilares estratégicos

7 – Histórico de resultados

Após o término do contrato que ela detinha com a Eletropaulo, houve uma queda expressiva dos seus resultados. Mas, mesmo depois desta queda, ainda é uma empresa bastante lucrativa.

Além disso, estão para entrar, ainda neste ano, outros dois ativos que, somados, adicionam cerca de R$ 155 milhões ao EBITDA da companhia.

8 – Endividamento

À primeira vista, o endividamento da TIET11 pode parecer elevado, uma vez que a dívida líquida se encontra num patamar aproximado de três vezes o EBITDA. Em termos absolutos, ela deve quase R$ 3 bilhões.

No entanto, é muito importante observar o cronograma do endividamento. Quando o conferimos, a maior parte da dívida da AES Tietê se encontra a partir de 2025.

9 – Dividendos

Historicamente a AES Tietê distribui muitos dividendos aos seus acionistas. Seu payout é acima de 100%, isto é, maior do que o lucro líquido.

Pode parecer estranho, mas a explicação para isso é a forte geração de caixa da empresa, aliada aos efeitos não-caixa da depreciação, que distorcem o lucro líquido negativamente.

10 – Fez pesados investimentos nos últimos anos

Deste modo, ele deve se reduzir nos próximos anos, conforme o planejamento divulgado pela própria AES Tietê, que contempla apenas investimentos em manutenção.

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