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Duelo de Gigantes: FIIs x CDI

Como nossos assinantes premium puderam perceber, nestas últimas semanas temos comentado em todos os nossos Relatórios e Radares, um comparativo entre os principais “100 Fundos Imobiliários” listados na B3 (Bolsa) e o CDI (base 100%).

Sim, sabemos que os FIIs são Renda Variável e o CDI é o principal “benchmark” para produtos de Renda Fixa.

No entanto, não podemos fechar os nossos olhos para este indicador, visto que boa parte dos Fundos de Investimentos disponíveis nas principais plataformas do mercado brasileiro (títulos públicos e privados, cambiais, quantitativos, macro estratégicos e até mesmo ancorados no mercado de dívida externa), utilizam o CDI como principal referência.

A bem da verdade, estas “boutiques de investimentos” oferecem em suas prateleiras produtos de diversas “casas” (Assets – Gestoras de Recursos) e a nossa principal motivação neste estudo foi justamente relacionar a “força” e a importância, claro, dos Fundos Imobiliários em uma carteira diversificada.

A história já nos provou que “bater” o CDI de forma consistente ao longo de um grande período de tempo está bem longe de ser uma tarefa trivial.

Muitas das vezes, gestores ficam expostos a ativos de alta volatilidade ou então buscam “travar” taxas futuras em ativos de juros, especialmente em momentos de afrouxamento da política monetária.

Durante um tempo, o resultado é excelente, mas assim que a “curva futura se fecha”, o ativo volta a desempenhar com base em seus padrões anteriores. Não há mágica.

Já no caso dos Fundos Imobiliários, a volatilidade é menor, além claro, de saber que os 03 pilares (Risco, Retorno e Liquidez), são equilibrados de forma bastante satisfatória.

Porque 100% do CDI e não 85%?

Fato é que boa parte das corretoras e bancos brasileiros de médio porte oferecem produtos atrelados ao CDI com RETORNO LÍQUIDO próximo (ou pouco superior) a 100% e com seguro do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) até R$ 250 mil por CPF.

Logo, entendemos que para a maioria dos investidores com um mínimo de habilidade para gestão própria de sua carteira, ter um retorno de 100% líquido do CDI seja uma tarefa razoavelmente simples.

Qual a data-base usada na pesquisa?

O estudo foi finalizado nos primeiros dias de agosto de 2017, porém a base da pesquisa é DESDE O INÍCIO da negociação de cada um dos 100 Fundos Imobiliários.

No geral, consideramos os principais ativos listados, especialmente os que possuem alguma liquidez.

Vale ressaltar que alguns fundos cujo lançamento é recente podem ficar com resultados distorcidos.

Ao final, colocaremos a tabela com todos os fundos pesquisados, além de uma formatação com uma escala por cores, a qual ficará bem didática a interpretação mais profunda a ser realizada por cada um de vocês logo após a leitura completa do artigo.

Vamos aos Resultados…

A média global dos 100 Fundos Imobiliários, considerando o retorno entre COTA e RENDA, além do reinvestimento direto no próprio fundo foi de 131,97% do CDI.

Se considerarmos a taxa bruta (gross), o resultado passa a ser de expressivos pouco acima de 150% do CDI.

Incrível e surpreendente, não é mesmo?

Em tempo, 57 dos FIIs tiveram retorno total acima de 100% do CDI e os outros 43 FIIs ficaram abaixo, sendo que 10 deles ficaram com retorno negativo em relação ao CDI.

Cabe reforçar que foram realizados também ESTUDOS COMPLEMENTARES em carteiras diversificadas com 15 a 20 Fundos de Investimentos Abertos disponíveis nas principais plataformas brasileiras e o resultado apurado foi um retorno LÍQUIDO entre 90% e 115%.

Esta variação ocorreu de acordo com o risco global de cada carteira que foi selecionada. Foram feitas várias composições, mas a partir de um determinado momento, pudemos perceber muita sobreposição e os resultados se tornam relativamente próximos.

Lições Aprendidas

Concluímos que com estudo, foco e disciplina, além de bom senso e diligência, o investidor pode ter retorno superior à média global do próprio mercado quando busca “AJUSTAR AS VELAS” ao longo desta longa “JORNADA”.       

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