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XPCA11: Fiagro divulga maior lucro em 9 meses e dividendos rendem 1,62%; veja valor

XPCA11: Fiagro divulga maior lucro em 9 meses e dividendos rendem 1,62%

XPCA11: Fiagro divulga maior lucro em 9 meses e dividendos rendem 1,62%. Foto: iStock

Em junho, o Fiagro XPCA11 alcançou o maior resultado em regime de caixa dos últimos nove meses, totalizando R$ 4,821 milhões. Pelo critério do regime de competência, o resultado somou R$ 4,798 milhões no período.

A distribuição de rendimentos do XPCA11 aos cotistas chegou a R$ 5,007 milhões, o que representa R$ 0,11 por cota. Esse valor representou um dividend yield (DY) mensal de 1,62%.

Grande parte desse resultado foi impulsionado pelos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que sozinhos geraram R$ 4,894 milhões em receita de caixa. As despesas operacionais, por sua vez, ficaram em R$ 376,7 mil.

Sem realizar novos investimentos ao longo do mês, o Fiagro XPCA11 optou por vender R$ 414 mil em CRAs de risco UISA e R$ 296 mil em CRAs de risco Itaueira.

A composição da carteira no encerramento de junho mostrava uma concentração de 74,4% em CRA, seguida por 14,8% em cotas de FIDC Fiagro, 1,0% em CRI Agro e 9,7% alocados em caixa. A gestão reiterou a intenção de direcionar com cautela os recursos em caixa, considerando o cenário macroeconômico mais instável.

A estratégia de diversificação também se mostra na exposição do fundo ao FIDC OPI Crédito Agrícola FIAgro, com monitoramento contínuo dos riscos de crédito.

XPCA11 atualiza investidores sobre estratégia e portfólio

No campo, a atenção da gestão se voltou à safra de inverno, a safrinha de milho, cuja colheita, embora atrasada, tem trazido boas expectativas de produtividade. Apesar disso, a oferta elevada tem pressionado os preços do grão, que já estão sendo negociados abaixo dos R$ 40 por saca em algumas regiões.

Esse cenário de preços baixos é desafiador para os produtores, mas favorável para os compradores de milho, que é o foco da carteira do fundo XPCA11, como usinas, confinamentos e empresas de alimentos.

Entre os destaques está a FS, produtora de etanol a partir do milho, que já assegurou boa parte da demanda da safra atual a preços atrativos e, com o etanol em alta, deve registrar mais um trimestre com bom desempenho.

O mercado sucroenergético também está no radar da gestão. As usinas estão aproveitando a seca para intensificar a moagem de cana, embora ainda haja incertezas quanto ao tamanho da safra brasileira de 2025.

A estimativa é de uma produção menor frente ao ciclo anterior, em função da seca severa de 2024 e das queimadas ocorridas entre agosto e setembro do mesmo ano. Ainda assim, o cenário internacional, com boas expectativas na Tailândia e na Índia, provocou queda nos preços do açúcar.

Essa retração, combinada a um câmbio estabilizado entre R$ 5,45 e R$ 5,55, tende a reduzir as cotações, mas a gestão do fundo XPCA11 acredita que não haverá grande impacto nas margens da safra corrente, pois a maioria das usinas já fixou seus preços. O foco agora se volta para os contratos da safra 2026/2027.

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