A VALE3 voltou a ganhar destaque no mercado após uma análise do BTG Pactual retratar um cenário significativamente mais construtivo para a companhia. O relatório de 27 de novembro de 2025 afirma que a mineradora “virou a página sobre os problemas de legado — desafios institucionais, Brumadinho, Samarco e instabilidade operacional — e está recuperando a confiança do investidor”. A leitura chegou no mesmo momento em que a Vale anunciou US$ 2,9 bilhõesem proventos, incluindo US$ 1 bilhão em dividendos extraordinários e cerca de US$ 1,9 bilhão em antecipação de dividendos mínimos. Vale
Para o BTG, esse movimento não apenas reforça um momento financeiro mais forte, mas também revela convicção da diretoria sobre o ciclo do minério. No relatório, os analistas afirmam que o pagamento extra é “um desenvolvimento bem-vindo que reforça a confiança da gestão no ciclo do minério de ferro”, ressaltando que os preços da commodity “continuam surpreendendo o mercado para cima”.
A antecipação dos dividendos, segundo o banco, “é uma boa decisão gerencial diante da futura tributação sobre dividendos planejada no país”, o que sinaliza eficiência e timing estratégico por parte da administração. Vale
A instituição também destaca que a atual gestão vem mantendo “uma agenda amigável ao acionista minoritário”, algo que, segundo o relatório, tem contribuído para a reconstrução da confiança no papel. Mesmo após uma recuperação relevante nos últimos meses, o BTG ainda enxerga VALE3 negociando com desconto quando comparada aos pares globais. Como apontado no documento, a ação opera perto de 4x EV/EBITDA, enquanto mineradoras australianas são negociadas a 5–6x, ao mesmo tempo em que a Vale oferece potencial de dividend yield entre 10% e 11% em 2026. Vale
As projeções do banco reforçam a tese: EBITDA estimado de US$ 17,4 bilhões em 2026, lucro líquido previsto de US$ 9,9 bilhões, P/E de 5,4x, RoIC de 18,4% e dividend yield superior a 11%. O BTG mantém recomendação de compra e preço-alvo de US$ 15 para o ADR, indicando um potencial de valorização próximo de 20% em relação ao período da publicação. Vale
O banco ainda ressalta que a história de investimento da VALE3 continua sensível aos rumos da economia chinesa e ao equilíbrio entre oferta e demanda no mercado global de minério. Mas, para o BTG, o quadro geral é sólido: a Vale vive um momento de forte geração de caixa, maior previsibilidade operacional e política de capital mais clara e favorável ao acionista. Como sintetiza o relatório, a empresa se encontra em um dos momentos estruturais mais fortes “que os analistas conseguem lembrar” — um recado direto ao investidor de que a mineradora, de fato, entrou em um novo ciclo.
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