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Vale foi condenada pela primeira vez sobre desastre em Brumadinho

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Brumadinho

A Vale foi condenada pela primeira vez pelos danos causados após a quebra da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro deste ano.

A Vale foi condenada na última terça-feira (9), pelo juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias, Elton Pupo Nogueira. De acordo com a decisão do juiz, a empresa deverá reparar os prejuízos que a tragédia causou, no entanto, não foi estipulado um valor fixo à ser pago.

O magistrado afirmou que rompimento da barragem não causou só as mortes, mas afetou também “o meio ambiente local e regional, além da atividade econômica exercida nas regiões atingidas”.

A quebra da estrutura da empresa gerou 248 mortes até o momento, sendo que 22 pessoas seguem desaparecidas.

Para garantir que haja a reparação do desastre, a Justiça decidiu manter bloqueado R$ 11 bilhões da empresa, no entanto, metade deste valor pode ser pago de outras formas, como fiança bancária ou depósito em juízo, o que mantém a garantia do valor.

A empresa bem que tentou substituir o valor integral do bloqueio por novas garantias, mas por conta do lucro de R$ 25 bilhões da mineradora em 2018 o magistrado decidiu contra a companhia.

Saiba mais: Vale: Deslocamento do talude da mina de Gongo Soco é de 51 cm/dia

Em resposta a Vale afirmou que a Justiça reconhece a cooperação da companhia em todas as ações, dizendo que “reafirma seu compromisso total com a reparação de forma célere e justa dos danos causados às famílias, à infraestrutura das comunidades e ao meio ambiente”.

Investimento em estruturas

No último mês, a Vale informou que irá investir R$ 1,8 bilhão até 2023 para assegurar que as estruturas remanescentes da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), fiquem seguras.

A confirmação foi realizada pelo diretor de Reparação e Desenvolvimento da empresa, Marcelo Klein. O diretor falou sobre o investimento durante uma coletiva de imprensa feita nesta quarta, para mostrar as providências que vêm sendo tomadas pela Vale após a fatalidade.

O investimento da companhia será em:

De acordo com informações da Vale, as obras abrangem o engajamento de 28 empresas. O trabalho de remoção dos rejeitos é desenvolvido junto ao Corpo de Bombeiros.

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