O presidente Donald Trump anunciou a implementação de uma tarifa de 100% para filmes produzidos fora dos Estados Unido, com efeito imediato. Ele classificou os incentivos para atração de cineastas americanos a outros países como uma “ameaça à segurança nacional”.
A novidade foi divulgada por meio do perfil do republicano em sua rede social, a Truth Social. A decisão é válida tanto para filmes “completamente” estrangeiros quanto para filmes de produtoras americanas filmados em outros países.
“A indústria cinematográfica nos Estados Unidos está morrendo muito rapidamente. Outros países estão oferecendo todos os tipos de incentivos para atrair nossos cineastas e estúdios para fora dos Estados Unidos”, declarou Trump.
Para ele, Hollywood, cidade símbolo desse tipo de produção e que abriga diversos estúdios de filmagem, “está sendo devastada”.
Trump chamou a atração de cineastas americanos a outros estúdios de gravação ao redor do mundo de “esforço coordenado”, afirmando que “além de tudo, (é) uma questão de mensagem e propaganda!”
Segundo o republicano, o Departamento de Comércio e o Representante de Comércio dos Estados Unidos deram início imediato ao processo de implementação da tarifa. “Nós queremos filmes feitos na América novamente!”, finalizou.
Ásia e as tarifas de Trump
O presidente do Banco Central da China (PBoC), Pan Gongsheng, pediu que as nações da Ásia fortaleçam a cooperação diante do impacto das tarifas unilaterais impostas pelos Estados Unidos, durante reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais da ASEAN+3 (10+3), em Milão, na Itália. Ele também detalhou medidas macroeconômicas adotadas pela China para garantir a estabilidade regional e global.
Em comunicado divulgado após o evento, o PBoC destacou que Gongsheng liderou as discussões como copresidente do mecanismo de cooperação financeira 10+3 (que reúne os dez membros da ASEAN além de China, Japão e Coreia do Sul), onde os participantes debateram os “efeitos das políticas tarifárias dos EUA sobre a macroeconomia global e regional”.
O grupo aprovou a criação de um novo instrumento de financiamento rápido no âmbito da Iniciativa Chiang Mai (ICM), que permitirá aportes em yuan e outras moedas livremente conversíveis, um movimento considerado “histórico” pelo BC chinês.
Gongsheng alertou que o “unilateralismo está minando o sistema multilateral de comércio baseado em regras”, elevando incertezas e riscos para a região 10+3. “Nesse contexto, é essencial aprimorar o mecanismo da ICM e fortalecer a rede de segurança financeira regional”, afirmou, segundo o comunicado.
Além das discussões multilaterais, o presidente do PBoC ainda realizou encontros separados com autoridades do Japão, Coreia do Sul e Malásia.
Em particular, ele “exortou os países da região a unirem-se contra o impacto das tarifas dos EUA” e apresentou “as políticas macroeconômicas relevantes da China”, sem detalhar medidas específicas.
Com Estadão Conteúdo
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