Em entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News, o presidenciável Ciro Gomes, do PDT, afirmou estar considerando a implementação de uma “pequena” alíquota semelhante à CPMF, para transações de mais de R$5 mil por mês. O valor arrecadado, de 0,38%, seria compartilhado com os estados e municípios.
Segundo Ciro, o defeito da CPMF é que “ela não é compartilhada entre estados e municípios, que são os maiores provedores de saúde pública, embora o SUS seja unificado”. Ele ainda acrescentou que não é uma decisão final e que quer consultar a população. “Quero ver como a sociedade brasileira reage.”
A ideia de Ciro Gomes não é destinar a arrecadação do imposto proposto á saúde, e sim focar em pagar a dívida pública. Dessa forma, o imposto só existiria acima de um certo nível de dívida (50% do PIB, por exemplo), tendo sua cobrança suspensa em caso de redução.
A ideia é que “O Brasil tenha uma espécie de gatilho para garantir recursos estáveis apra proteção do crédito público, libertando os dinheiros dos tributos livres para financiar saúde, educação, etc.” Além disso, Ciro afirmou que, se for eleito, pretende tributar dividendos e analisar minuciosamente as renúncias fiscais.
Ciro também foi questionado sobre o apoio de seu grupo político ao candidato ao Senado Eunício Oliveira (MDB), no Ceará. O candidato à presidência se disse envergonhado, pois Eunício votou pelo impeachment e ao mesmo tempo afirma, no estado, ser “o senador do Lula”.