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Telefônica (VIVT3): após lucro bilionário no 2º trimestre, vale a pena investir?

Telefonica (VIVT3)

Telefonica (VIVT3). Foto: Divulgação

A Telefônica Brasil (VIVT3), controladora da marca Vivo, divulgou seu balanço do segundo trimestre de 2025 na noite desta segunda-feira (28). O lucro líquido da companhia alcançou R$ 1,34 bilhão entre abril e junho, com alta de 10% na comparação anual. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado, que projetava lucro de R$ 1,37 bilhão, segundo dados da LSEG.

Nesta manhã, o mercado está repercutindo os resultados da Telefônica, que surpreenderam positivamente em algumas frentes, como receita com serviços móveis e expansão da base pós-paga. As ações VIVT3 iniciaram o pregão em leve alta e operam próximas da estabilidade nos primeiros minutos da sessão.

Balanço de resultados da Telefônica (VIVT3)

A receita líquida da Telefônica somou R$ 14,65 bilhões no 2T25, com crescimento de 7,1% ano a ano, segundo o Goldman Sachs. A divisão móvel teve destaque, com R$ 9,6 bilhões em receita de serviços, avanço de 7,3% na comparação anual.

O Ebitda da companhia totalizou R$ 5,93 bilhões, alta de 8,8% em relação ao segundo trimestre de 2024, com margem de 40,5%. A XP afirmou que o resultado superou as estimativas da casa e foi sustentado por alavancagem operacional. “O crescimento foi impulsionado principalmente pela contínua expansão no pós-pago móvel e FTTH, além da forte tração nos serviços digitais”, destacou a equipe de análise.

Segundo o BTG Pactual, a receita de serviços cresceu 7,5% ano a ano, impulsionada pelo bom desempenho tanto da área móvel quanto do segmento fixo. O banco também observou um aumento nos investimentos: o Capex ficou em R$ 2,4 bilhões e as despesas com leasing subiram 33% no ano.

A XP reforçou a resiliência dos indicadores operacionais da Telefônica. O ARPU móvel atingiu R$ 31,1, alta de 5,1%, e o churn do FTTH foi de 1,46%, o menor nível da série histórica. Já o Goldman Sachs destacou que cerca de 61% dos 7,4 milhões de assinantes FTTH da companhia possuem também planos móveis da Vivo, com 2,9 milhões integrados no plano Vivo Total.

Vale a pena investir em VIVT3?

Após a divulgação do balanço, algumas casas de análise mantiveram visão positiva sobre as ações VIVT3. A XP reiterou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 36, o que representa um potencial de valorização de 17,9% sobre a cotação atual. “O forte desempenho nas receitas de serviços reforça nossa visão positiva sobre a Vivo, apoiada por seu portfólio de alta qualidade”, disse a casa.

O BTG Pactual também manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 31, enquanto o Goldman Sachs estabeleceu preço-alvo de R$ 32 por ação, ou US$ 11,40 para os ADRs da companhia nos próximos 12 meses.

Mesmo com resultados considerados sólidos, os analistas chamam atenção para possíveis riscos envolvendo as ações da Telefônica Brasil (VIVT3). O Goldman Sachs listou fatores como tributação, execução de vendas de ativos regulatórios, concorrência no pós-pago e impacto macroeconômico sobre o segmento pré-pago.

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