O Itaú BBA revisou as projeções para as ações da Taesa (TAEE11) e elevou o preço-alvo para os papéis da companhia. Em relatório divulgado nesta quinta-feira (4), a casa destacou que os ativos se destacam no quesito dividendos, mas possuem um potencial de alta limitado.
Segundo o relatório, a instituição manteve a recomendação Market Perform para os papéis da Taesa, equivalente à neutra, e atualizou o modelo incorporando novos investimentos orgânicos.
O relatório também aponta que a equipe do BBA passou a incorporar explicitamente a indenização de valor terminal, assumindo compensação integral dos ativos não depreciados ao fim das concessões. Entre os efeitos práticos, o banco elevou o preço-alvo para R$ 44,90 por ação para o fim de 2026.
Novo preço-alvo da Taesa (TAEE11) reflete maiores custos de capital
O novo preço-alvo das ações da Taesa fica acima da projeção anterior feita pela casa, que era de R$ 37,50 para o fim de 2025.
A casa explica que o aumento do preço-alvo decorre do rolamento do modelo para YE26, maiores investimentos orgânicos em reforços e melhorias e da inclusão da indenização de valor terminal, parcialmente compensados por um cenário macro mais conservador e por um custo de capital real mais alto.
“O forte retorno total de aproximadamente 39% no acumulado do ano comprimiu a avaliação”, destaca o BBA. No relatório, a instituição mantém que, apesar do preço-alvo superior, a valorização implícita real estimada é de cerca de 8,2%, um retorno considerado menos atraente frente a Alupar (ALUP11), mas com rendimentos superiores aos de Isa Energia (ISAE4).
Por outro lado, o BBA ressaltou que o perfil de dividendos permanece um pilar chave de investimento, lembrando a nova política de payout vinculada ao lucro regulatório e a manutenção de pagamentos próximos a 100% nos últimos trimestres. As projeções assumidas no modelo indicam rendimentos em torno de 8% em 2026, 9% em 2027 e níveis de dois dígitos a partir de 2028.
O relatório mostra que os dividendos declarados pela Taesa (TAEE11) em 2025 já ultrapassam R$ 800 milhões. Esse valor representa um retorno de cerca de 6,4% até o terceiro trimestre de 2025. O Itaú BBA trabalha com a hipótese de que a companhia seguirá distribuindo 100% do lucro regulatório. Essa premissa é a base das projeções de rendimento apresentadas no documento.
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