A Suzano (SUZB3) anunciou ontem (21) que vai elevar os preços da celulose a partir de setembro. A notícia foi bem recebida pelo mercado e, após a divulgação, o BTG Pactual divulgou um relatório mantendo a recomendação de compra para os papéis.
A casa apontou um upside de mais de 36% para as ações da Suzano nos próximos 12 meses. Os papéis da companhia estão operando em alta de mais de 2,7% nesta manhã, refletindo a reação positiva do mercado à decisão de aumento dos preços.
Para a Ásia, o aumento será de US$ 20 por tonelada. Na Europa e nos Estados Unidos, o valor subirá US$ 80, elevando o preço médio na Europa para US$ 1.080 por tonelada. A empresa havia anunciado anteriormente apenas o reajuste para o mercado asiático, mas agora expandiu para outras regiões.
Aumento de preços da celulose é visto positivamente
O BTG Pactual avaliou que a Suzano está “visando restaurar os níveis de rentabilidade” com os novos aumentos de preços.
A instituição financeira destacou que “embora o mercado não tenha antecipado movimentos tão agressivos em um período tão curto, acreditamos que há sinais claros de que os preços estão tocando o fundo”. O banco considera que a implementação será desafiadora, mas a direção é encorajadora.
A maior fabricante de celulose de eucalipto do mundo registrou demanda acima do esperado nos últimos meses. O aumento também foi favorecido pela paralisação de uma produtora chinesa de celulose, abrindo espaço para a Suzano expandir sua participação no mercado internacional.
BTG vê upside de mais de 35% para SUZB3
O BTG argumentou que os preços atuais da celulose são “insustentavelmente baixos”. Segundo o relatório, os níveis próximos de US$ 500/t na China “estão efetivamente empurrando cerca de 20% da capacidade global para baixo d’água (EBITDA negativo)”.
A instituição observou que mesmo líderes da indústria estão gerando retornos sobre capital investido bem abaixo do custo de capital. O banco não antecipa uma recuperação em formato V, mas vê “uma janela para os produtores recomporem a rentabilidade a partir de mínimos insuportavelmente dolorosos”.
O relatório destacou ainda que a Suzano tem se beneficiado de uma “posição mais forte na curva de custos e uma exposição relativamente menor à China”. Com os preços atuais da celulose, o BTG acredita que “o risco de queda é limitado”.
O BTG Pactual manteve a recomendação de compra dos ativos, com preço-alvo SUZB3 de R$ 73,00. Com base no preço atual na casa dos R$ 53, o potencial de valorização é de aproximadamente 36% em 12 meses.
Vale destacar que essa matéria não representa uma recomendação de compra ou venda das ações da Suzano (SUZB3).
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