O SNFZ11, Fiagro da Suno Asset com foco na valorização patrimonial, superou mais uma vez seu recorde de liquidez no pregão desta terça-feira (15) da B3. O volume de negociações superou R$ 20,425 milhões, valor levemente acima da marca anterior, de R$ 20,025 milhões, registrada na quinta-feira passada.
Só o movimento desses dois dias deve suficiente para posicionar o SNFZ11 entre os Fiagros de maior liquidez do mercado. Em junho, o posto ficou com o KNCA11, que movimentou um total de R$ 52,8 milhões em 20 dias de negociação, média diária de 2,6 milhões. O SNFZ11 negociou, durante todo o mês passado, pouco mais de R$ 2,5 milhões.
Um dos motivos para a expressiva movimentação é que a terça-feira (15) foi a Data Com para os dividendos do SNFZ11. Os investidores que terminaram o pregão posicionados no fundo receberão no dia 25 o valor de R$ 0,10 por cota, a maior distribuição de rendimentos da história do fundo. O recorde anterior foi registrado justamente no dia do anúncio do pagamento.
Esse valor teve um aumento de 53,8% em relação às distribuições anteriores, de R$ 0,065 por cota, devido à aquisição de duas novas fazendas, Xavante e Triângulo da Gaúcha, ambas em Gaúcha do Norte (MT). É o mesmo município onde está localizada a Fazenda Coliseu, primeiro investimento do fundo.
Todas elas estão arrendadas à Jequitibá Agro, empresa especializada que opera uma série de lavouras. Foi o recebimento de uma parcela desse arrendamento logo após a compra, em 30 de junho, que permitiu à Suno Asset ampliar o patamar de dividendos para um dividend yield próximo de 1% ao mês.
SNFZ11: por que o aumento nos dividendos?
A receita das duas novas fazendas foi somada ao arrendamento da Coliseu e também à remuneração dos CRAs emitidos pela Jequitibá que financiam projetos de incremento da infraestrutura da própria fazenda, como a construção do sistema de irrigação, que está pronto e aguarda apenas a ligação à rede elétrica. Essa estruturação permite ao Fiagro da Suno Asset angariar receita imediata e ao mesmo tempo projetar a valorização do imóvel no longo prazo.
As novas fazendas foram adquiridas com uma previsão de pagamento em 10 parcelas anuais. A primeira será quitada apenas em fevereiro de 2026, e as parcelas seguintes apenas em abril dos anos seguintes, até 2035.
Com essas aquisições, a receita de arrendamento será a fonte primordial de arrecadação, o que garante o guidance de dividendos do SNFZ11 nesse patamar por um longo período, a ser formalizado a partir do próximo relatório gerencial do fundo. Já os CRAs poderão, ao longo dos anos, se tornar moeda de troca para o pagamento da aquisição. O atual saldo devedor, em torno de R$ 30 milhões, é suficiente para o pagamento de 6 das 10 parcelas.
A decisão de ampliar o valor de distribuição atendeu à demanda de uma boa parte dos investidores em Fiagros, que veem os dividendos isentos de tributação como um fator importante na hora de definir sua alocação. “O SNFZ11 é o único Fiagro de terras voltado ao investidor comum que paga dividendos recorrentes nesse patamar”, destaca Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.
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