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“Vai doer no bolso do mau empregador”, diz Tebet sobre desigualdade salarial

Simone Tebet toma posse como ministra do Planejamento. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Simone Tebet, ministra do Planejamento. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Está prevista para hoje (8), Dia Internacional da Mulher, a assinatura do projeto de lei que visa desestimular a desigualdade salarial para mulheres e homens que ocupam o mesmo cargo. Sobre o assunto, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, destaca que a penalidade já existe na legislação, mas a atual multa é “irrisória”.

Em entrevista à Rádio Eldorado, que irá ao ar nesta quarta-feira, a partir das 17 horas, a ministra destacou que o projeto de lei faz parte de uma série de ações contra a desigualdade salarial.

“Esse projeto de lei que o presidente da República vai apresentar hoje ao Brasil, que vai para o Congresso Nacional, fala realmente em impor essa obrigatoriedade de igualdade salarial fazendo doer no bolso, aumentando a multa e estabelecendo regras.”

Tebet ainda ressaltou que a atual legislação não inibe empregadores de aplicarem salários desiguais entre os funcionários homens e mulheres. Isso porque a multa é de menos de cinco salários mínimos (aproximadamente R$ 6,5 mil), independentemente do tempo em que as remunerações tenham sido pagas de maneira desproporcional.

“Então o mau empregador fala: ‘bom, é melhor eu infringir a lei porque, se eu receber uma multa, ela é muito pequena considerando a diferença salarial que eu vou pagar por um ano, por dois anos ou por mais tempo”, explica a ministra do Planejamento.

Desigualdade salarial acima da média

Ainda na entrevista à Rádio Eldorado, Tebet reconheceu que a desigualdade salarial é um desafio em todo o mundo. Contudo, ela destaca que no Brasil a diferença está acima da média entre países desenvolvidos e emergentes.

“Quando a mulher é solteira, a desigualdade salarial tende a ser menor. Quando a mulher é casada, a diferença salarial tende a ser maior. Quando a mulher tem filhos, a diferença salarial é maior ainda. Essa é uma triste realidade: ao ter esse cuidado maior com a família, com os filhos, a mulher é penalizada por isso.”

Com informações do Estadão Conteúdo

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