Ícone do site Suno Notícias

Retomada da economia ganhará vigor se o governo investir em infraestrutura, segundo economista

Retomada da economia ganhará vigor se o governo investir em infraestrutura, segundo economista

Retomada da economia ganhará vigor se o governo investir em infraestrutura, segundo economista

Segundo Tony Volpon, economista-chefe do banco suíço UBS no Brasil, o País precisa para de apoiar em incertezas para o desenvolvimento de sua economia.

Volpon disse que as eleições conturbadas do ano passado e as dúvidas em relação à reforma da Previdência não podem ser desculpas para o “crescimento estável, porém medíocre” da economia brasileira.

Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, Volpon comentou os dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde apontaram que o Brasil elevou seu PIB acima das expectativas.

Saiba mais: PIB do segundo trimestre cresce 0,4% e supera expectativas

“Quando eu digo recessão do investimento estou pensando no nível, não na taxa de crescimento. Embora o número tenha tido um crescimento relativamente robusto, ele simplesmente está corrigindo a queda dos trimestres anteriores. Ele continua num patamar muito baixo”.

Economia precisa reagir

Para Volpon, precisamos ressaltar que a recessão brasileira, de 2014 a 2016, ocorreu em um período pós-crescimento muito positivo durante 10 anos. Porém, a economia precisa reagir sem se apoiar a dogmas dos últimos três anos.

“Neste ano, o foco foi a reforma da Previdência. Sempre há incertezas, e elas são, de fato, importantes para decisões de investimento. Mas, como elas têm se resolvido e não estamos vendo um grande dinamismo, acho que não podemos mais culpar esses fatores pela totalidade da situação”.

Volpon, em seu livro “Pragmatismo sob Coação: Petismo e Economia em um Mundo de Crises”, discorre sobre como o Brasil seria afetado pela mudança da posição da China no cenário global.

Para ele, grande parte da tragédia brasileira, nos últimos 20 anos, se passou por não entender o fator China.

Veja também: Relatório da reforma da Previdência é entregue a Alcolumbre com alterações

“A gente não tem que ver a figura de Donald Trump (presidente dos Estados Unidos) como o maior agente da guerra comercial. Temos que entender esse processo como uma crescente rivalidade geopolítica entre essas duas potências, que vai durar décadas.”

De acordo com o economista, que foi diretor do Banco Central durante o segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, cada país vai ter que saber de lidar com a ambiguidade que essa disputal comercial traz.

No caso brasileiro, o desenvolvimento da economia também se passa por isso. “Vamos basear nosso desenvolvimento tecnológico em quem? Ambos os parceiros são muito importantes. Isso pode implicar escolhas difíceis.”

Sair da versão mobile