A reforma da Previdência prestes a ser apresentada pode render mais do que se pensava. A proposta elaborada pelo governo de Jair Bolsonaro pode gerar uma economia de até R$ 1 trilhão em dez anos. A apuração é do jornal Valor Econômico.
O ganho deve ser superior à proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo de Michel Temer ao Congresso em 2016. O valor foi calculado em R$ 820,3 bilhões. Mas a nova proposta depende de ajustes a serem feitos até a próxima semana.
O texto atual se aproxima mais do que planejava o grupo comandado pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. Outras propostas estão sendo consideradas na construção da proposta que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro.
A equipe econômica de Bolsonaro avalia que o mercado precificou em partes a aprovação da reforma. A melhora no preço dos ativos pode ter raiz nessa aprovação. Isso, inclusive, beneficiou o Tesouro Nacional, que tem emitido títulos nas últimas semanas a taxas mais baixas do que há um mês. Embora uma melhora no mercado externo interfira na diminuição das taxas, técnicos do governo consideram que o otimismo quanto à aprovação de uma reforma com grande impacto fiscal também estaria afetando essa queda.
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As diferenças da nova proposta de reforma da Previdência
- Estabelecer idade mínima e regras mais rígidas para aposentadoria de servidores públicos. Isso inclui regimes especiais, como os de professores e policiais;
- Estabelecer um período de transição para o atual sistema. Ele pode ser de 10 ou 20 anos;
- Definir que pessoas nascidas em determinados ano e renda irão para um sistema de capitalização (isto é, cada cidadão “banca” a sua própria aposentadoria desde o começo). O ano e o valor da renda ainda vão ser estabelecidos.
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