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Possível recuperação judicial da Odebrecht preocupa, diz CEO do BB

Credores da Odebrecht aporvam planos de recuperação de subsidiárias

Credores da Odebrecht aporvam planos de recuperação de subsidiárias

O presidente-executivo do Banco do Brasil (BBAS3), Rubem Novaes, afirmou que há preocupação do banco com um eventual pedido de recuperação judicial do Grupo Odebrecht.

De acordo com o “Valor Econômico”, a Odebrecht tem se preparado para fazer o pedido à Justiça, que deve ficar pronto na semana de 17 de junho. A empreiteira teria dívidas entre R$ 80 bilhões e R$ 100 bilhões.

Isto, apesar da falta de convencimento por parte de Emílio Odebrecht e o presidente da holding, Luciano Guidolin, de que a recuperação judicial é o melhor caminho para o grupo.

“Lógico que há preocupação. Os bancos têm um crédito grande [com o Grupo Odebrecht]. Mas, felizmente, estão bem provisionados, em condições de enfrentar qualquer situação. Mas preocupa, sem dúvida”, declarou o CEO do Banco do Brasil a jornalistas.

Conforme Novaes, o valor dos empréstimos do Banco do Brasil à Odebrecht somam R$ 9 bilhões.

Maiores credores da Odebrecht são bancos

Os bancos nacionais são credores de cerca de R$ 40 bilhões da dívida da Odebrecht.

Deste modo, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal (CEF) são os maiores credores. E, portanto, aqueles que estão mais expostos ao risco, com um total a receber que ultrapassa R$ 25 bilhões.

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Em paralelo, o Itaú Unibanco (ITUB3), o Santander (SANB3) e o Bradesco (BBDC3) possuem menor exposição ao risco. Com dívidas a serem coletadas em cerca de R$ 15 bilhões, conforme o “Valor Econômico”.

À exceção da Caixa, todos os bancos possuem garantias em ações da Braskem (BRKM3/BRKM5). São cerca de R$ 12,7 bilhões em dívidas do Grupo Odebrecht e suas subsidiárias que têm ações da controladora como grau de cobertura.

LyondelBasell desiste de comprar a Braskem

O grupo holandês LyondellBasell desistiu de comprar a Braskem. A empresa não conseguiu alcançar um acordo com a Odebrecht e encerrou sem sucesso as negociações.

“A Odebrecht, como acionista controladora da Braskem, seguirá empenhada em identificar e perseguir alternativas que agreguem valor à sua participação na empresa, em linha com a estratégia de estabilização financeira do grupo”, informou em nota a empreiteira brasileira.

Saiba mais – Ações da Braskem caem 20% após LyondellBasell desistir de compra

O encerramento das negociações estaria relacionado a diversos fatores. Entretanto, o principal seria à insegurança jurídica sobre a situação financeira do grupo Odebrecht.

Com o fim das negociações, as ações da petroquímica chagaram a recuar 20% na Bolsa de Valores de São Paulo na véspera.

A Odebrecht possui 38,3% das ações e 50,1% do capital votante da Braskem. Por sua vez, a Petrobras (PETR3) possui 36,1% das ações e 47% do capital votante.

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