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Produção da PRIO desaba no 2T25: hora de se preocupar ou de apostar na virada?

Prio. Foto: Divulgação

Campo de Frade pesa no trimestre da PRIO. Foto: Divulgação

A PRIO (PRIO3) divulgou seus dados operacionais referentes ao mês de junho, encerrando assim o segundo trimestre de 2025. O volume total de produção consolidado no período ficou abaixo do registrado no trimestre anterior, o que acendeu o alerta entre alguns investidores.

Segundo o relatório, a produção média diária da companhia no 2T25 foi de 100.707 barris de óleo equivalente por dia (boed), uma queda de cerca de 8% em relação aos 109.292 boed do primeiro trimestre.

O principal responsável pela retração foi o Campo de Frade, ativo que teve uma queda expressiva na produção: de 38 mil boed em média no 1T25 para 23 mil boed no 2T25. A queda foi concentrada nos meses de abril e maio, período em que a operação passou por um reparo no sistema de compressão de gás, manutenção que só foi concluída em junho.

“Essa queda se dá, principalmente, por conta dos meses de abril e maio, quando houve um reparo no sistema de compressão de gás, finalizado apenas em junho”, explicou João Daronco, analista CNPI da Suno Research. “A produção foi rampando ao longo dos meses, e a tendência é que no terceiro trimestre a gente veja uma normalização dessa operação.”

Apesar do número fraco no consolidado, a análise de Daronco é construtiva: ele vê sinais claros de retomada, não só em Frade, como em outros campos. O próprio Campo de Frade saiu de 13.083 boed em abril para 32.852 boed em junho, uma recuperação significativa em apenas dois meses.

“Polvo e Tubarão-Martelo apresentaram leve crescimento, mesmo com uma falha em bomba centrífuga que foi resolvida em junho”, afirma o analista. “Já Albacora Leste e Peregrino tiveram avanço na produção, com destaque para Peregrino, do qual a PRIO detém 40%.”

Em junho, os quatro clusters apresentaram a seguinte produção:

Para Daronco, os números já indicam um terceiro trimestre mais forte. “A evolução fica bem clara. A produção de Frade sai de 13 mil boed em abril, vai para 22 mil em maio e quase 33 mil em junho. A tendência é de continuidade nesse patamar mais elevado”, afirma. “Com isso, o próximo trimestre me parece que deve ser de evolução frente ao que tivemos no segundo TRI.”

O balanço financeiro da PRIO será divulgado nas próximas semanas. Até lá, investidores devem monitorar a continuidade da recuperação operacional, especialmente nos campos que apresentaram problemas nos meses anteriores.

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