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Prio (PRIO3): ações recuam mais de 4% após paralisação em campo de produção; entenda

Prio (PRIO3) Foto: Pixabay

Prio (PRIO3). - Foto: Pixabay

As ações da Prio (PRIO3) operam em forte queda nesta segunda-feira (18), após a notícia de que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a interdição do Campo de Peregrino. A medida ocorre em razão de pendências na documentação de segurança, análise de risco e necessidade de adequações no sistema de dilúvio do FPSO Peregrino, operado pela Equinor.

A paralisação temporária interrompe a produção de um ativo que responde por cerca de 100 mil barris diários, do qual a Prio detém 40% de participação e a Equinor, 60%. A decisão foi tomada após auditoria realizada pela ANP entre 11 e 15 de agosto, quando foram identificadas “situações de risco grave e iminente”.

Segundo informações divulgadas pela companhia, a operadora iniciou imediatamente os reparos necessários, com prazo estimado de conclusão entre três e seis semanas. De acordo com o Brazil Journal, o CEO da Prio, Roberto Monteiro, afirmou que a medida não altera a avaliação da empresa sobre o ativo, já que os ajustes se concentram principalmente na documentação de segurança.

Às 14h15, as ações da Prio recuavam 4,56%, cotadas a R$ 37,04.

Impactos da paralisação para a Prio (PRIO3)

A suspensão no Campo de Peregrino deve impactar a geração de caixa da companhia. Atualmente, a participação da Prio no ativo representa cerca de US$ 40 milhões por mês em receitas. Considerando o prazo estimado para retomada das operações, o impacto financeiro pode variar entre US$ 30 milhões e US$ 60 milhões.

O Itaú BBA avaliou que a pausa pode ter efeito mais expressivo sobre a geração de caixa da petroleira, estimando perdas entre US$ 131 milhões e US$ 262 milhões, dependendo da duração da interdição.

Em fato relevante enviado à CVM, a companhia destacou que está engajada no processo de adequações junto à Equinor, com o objetivo de retomar a produção no menor prazo possível.

Recentemente, a Prio (PRIO3) fechou a compra da fatia de 60% da Equinor no FPSO Peregrino, em transação avaliada em US$ 3,35 bilhões. O valor final será ajustado até a conclusão do negócio, prevista para o início de 2026, considerando a geração de caixa do ativo até o fechamento.

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