As ações da Casas Bahia (BHIA3) estão liderando as perdas do Ibovespa nesta quarta-feira (26), após novos desdobramentos envolvendo a reestruturação de dívidas da empresa. Por volta das 13h, os papéis da varejista recuavam 16,01%, cotados a R$ 3,41.
O movimento ocorre após a companhia detalhar propostas que serão votadas em assembleias no próximo mês, incluindo o reperfilamento das debêntures da 10ª emissão e um possível aumento de capital. As medidas fazem parte das discussões em andamento sobre alternativas para melhorar a estrutura financeira da Casas Bahia.
Com isso, a reestruturação da dívida voltou ao centro do noticiário porque envolve uma conversão potencial de debêntures em ações e negociações com investidores e detentores de títulos.
Entenda a reestruturação de dívida da Casas Bahia (BHIA3)
O Conselho de Administração da Casas Bahia aprovou a convocação de assembleia de debenturistas da 10ª emissão para 17 de dezembro. Na ocasião, será votada a proposta de reperfilamento dos títulos, que envolvem três séries de debêntures, incluindo uma conversível em ações. A companhia também levará aos acionistas, na mesma data, a proposta de aumento do capital autorizado em até R$ 13,25 bilhões.
Segundo comunicado enviado à CVM, ambas as medidas estão inseridas no contexto das negociações em curso que buscam reduzir a alavancagem e fortalecer a estrutura de capital. As discussões envolvem potenciais investidores e detentores de debêntures e fazem parte do plano de transformação da empresa iniciado em 2023. Até o momento, a varejista reforça que não firmou instrumentos vinculantes com esses grupos.
A pressão sobre as ações BHIA3 se intensificou porque parte da estratégia contempla a possibilidade de conversão de dívidas em ações, como já ocorreu em agosto, quando a Mapa Capital tornou-se a maior acionista após converter debêntures da série 2. Desde então, a companhia tem sido procurada por investidores interessados em discutir operações semelhantes.
No último balanço trimestral, a Casas Bahia (BHIA3) registrou prejuízo líquido de R$ 496 milhões e destacou que trabalhava em iniciativas para melhorar a posição financeira. As propostas colocadas agora em votação são parte desse processo e dependem da aprovação de acionistas e debenturistas para avançar.
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