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Petróleo: Rússia diminuirá cortes a partir de julho, diz agência

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta quarta, pressionados pelo aumento da oferta pelo avanço da pandemia.

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta quarta, pressionados pelo aumento da oferta pelo avanço da pandemia.

A Rússia começará a desacelerar os cortes da produção de petróleo em julho, seguindo os termos do acordo da Opep+ (grupo dos principais países exportadores de petróleo, junto a parceiros) levantado em abril, de acordo com a agência de notícias “Bloomberg”.

No mês passado, a Opep+ fechou um acordo histórico para diminuir a oferta da commodity em meio à queda da demanda oriunda da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em razão disso, os preços do petróleo apresentam forte queda em 2020.

Ficou acordado entre os países integrantes do cartel que os cortes diminuiriam a partir de julho. Entretanto, desde então, a Arábia Saudita procura sustentar o mercado com cortes extras e aliados do Golfo tomaram as mesmas medidas.

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Os membros da Opep+ estão avaliando a manutenção dos cortes ou sua redução, e tal decisão será tomada dentro de duas semanas, quando haverá a próxima reunião do cartel. A posição russa, no entanto, é de continuar com o plano de diminuir os cortes da produção, segundo a “Bloomberg”.

O porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou a jornalistas, na última terça-feira (26), que o acordo alcançado no mês passado é “sem dúvida um sucesso” e que as nações integrantes observarão a evolução da situação antes de tomar uma decisão no encontro dos dias 9 e 10 de junho.

Embora no último mês a cotação do barril de petróleo tenha se valorizado em cerca de 70%, devido à parcial retomada da demanda em função da reabertura de economias pelo mundo, os preços ainda pressionados pesam sob o orçamento russo.

Maior produtora pressiona por continuidade dos cortes de petróleo

A Arábia Saudita, maior produtora da commodity em todo o mundo e líder da Opep, pressiona seus pares com o objetivo de manter os cortes da produção e controlar a oferta no mercado internacional.

Devido a isso, a Rosneft PJSC, petroleira russa e responsável por aproximadamente 40% da produção do país, tem limitado os fluxos de petróleo para cumprir a cota acordada no cartel. Todavia, nos próximos três meses, serão analisados os “fechamentos completos e a conservação a longo prazo de alguns dos projetos de maior custo”, afirmou o diretor financeiro da companhia, Pavel Fedorov, neste mês.

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O acordo da Opep+ determinou que as empresas russas deveriam cortar a produção da commodity proporcionalmente em 2,5 milhões de barris por dia nos meses de maio e junho. A produção deveria ficar abaixo dos 11 milhões de barris diários.

Em média, a redução da produção será na ordem de 2 milhões de barris por dia até o final deste ano, atingindo 1,5 milhão por dia até abril de 2022.

Por volta das 10h50 desta quarta-feira (26), o barril do petróleo WTI no mercado futuro operava em queda de 1,89%, cotado a US$ 33,65. Já o petróleo Brent apresentava um recuo de 2,32%, negociado a US$ 35,36.

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