Ícone do site Suno Notícias

Petrobras (PETR4) esclarece venda da refinaria RLAM e defende processo após senador contestar

Petrobras defende venda da Rlam após senador enviar ofício ao Cade contestando processo

Petrobras defende venda da Rlam após senador enviar ofício ao Cade contestando processo

A Petrobras (PETR4) veio a público, através de comunicado ao mercado, defender o processo de venda da RLAM, que anda sendo alvo de ataques por, supostamente, estar saindo abaixo do preço recomendado.

Segundo a Petrobras, o valor flutua de acordo com, por exemplo, as projeções de mercado, com a última revisão tendo acontecido em 25 de novembro de 2020. Entre as variáveis levadas em conta nesses cálculos estão o preço do petróleo Brent, as margens de refino e a taxa de câmbio entre o Real e o dólar.

“Em todos os processos de venda de ativos, a Petrobras estabelece uma faixa de valor que norteia a transação e considera as características técnicas, de produtividade e o potencial de geração de valor do ativo em diferentes cenários corporativos de planejamento”, afirma o documento.

Suno One: acesse gratuitamente eBooks, Minicursos, Artigos e Vídeo Aulas sobre investimentos com um único cadastro. Clique para saber mais!

Segundo a Petrobras, a venda da RLAM atende ao termo de compromisso firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), está alinhada às resoluções do Conselho Nacional de Política Energética e foi validada pelo Tribunal de Contas da União.

Senador alertou Conselho da Petrobras e Cade sobre risco em venda da Rlam

A manifestação da Petrobras vem após o senador Jean-Paul Prates (PT-RN) enviar ao Conselho de Administração da Petrobras e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ofício alertando que a venda da refinaria da estatal na Bahia, Rlam, está sendo feita sem a devida transparência e poderá trazer consequências para quem aprovar a alienação sem verificar as denúncias que vêm sendo feitas.

O Conselho de Administração da Petrobras se reuniu na manhã desta quarta-feira (24) para avaliar a venda da unidade, que pode ser a primeira e última alienação de uma refinaria pelo atual presidente, Roberto Castello Branco, que será substituído pelo general Joaquim Silva e Luna em abril.

Prates destacou no documento, que a própria Petrobras admitiu que o valor de venda está abaixo do esperado, como indicam também estudos de bancos e instituições, e que não há garantia de que não será formado um monopólio regional após a venda da unidade para o fundo de investimento árabe Mubadala.

“O panorama que observamos é o de mobilização por parte de uma empresa estatal para alienação expedita de seus ativos, evadindo a necessária autorização legal, sem transparência no processo licitatório, por valor abaixo da referência de mercado, num período de transição entre mandatos do presidente e de membros de seu Conselho Administrativo”, ressalta o senador.

Prates observou ainda, que a defesa da Petrobras para a venda “de afogadilho” e por um preço abaixo do que era esperado antes da pandemia, se deve ao risco de não cumprimento do Termo de Cessação de Conduta (TCC) estabelecido com o Cade, o que traria, segundo a Petrobras, “severo risco de não implementação de política de preços competitivos e flexíveis nos próximos três anos”.

“Desse modo, julgo imprescindível recomendar que não ofereça sua anuência à aludida proposta, caso ela se mostre verídica. O afogadilho não pode prejudicar o desenvolvimento do mercado”, afirma Prates no ofício enviado ao presidente do Cade, Alexandre Barreto de Souza, e a todos os membros do conselho da Petrobras.

(Com Estadão Contéudo)

Sair da versão mobile