As ações da Oncoclínicas (ONCO3) fecharam em queda de 9,3% nesta quinta-feira (21), acumulando uma perda superior a 23% nos últimos cinco pregões.
O movimento reflete a combinação de notícias envolvendo a venda de participação de um dos acionistas da Oncoclínicas e preocupações com o alto nível de endividamento da companhia. O cenário negativo ganhou força após a divulgação de resultados fracos no segundo trimestre e discussões sobre um possível aumento de capital.
Venda de participação na Oncoclínicas
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicadas na tarde desta quinta-feira, o empresário Daniel Vorcaro está em fase de liquidação de patrimônio. Vorcaro, atual dono do Banco Master, negocia a venda de sua participação de 14,5% na Oncoclínicas para Joesley Batista.
Dívida bilionária
Em meio aos fracos números que decepcionaram o mercado no 2T25, a Oncoclínicas confirmou que estuda alternativas para aprimorar sua estrutura de capital. A companhia avalia a opção de um aumento de capital para enfrentar seus desafios financeiros.
Entretanto, a empresa destaca que não houve qualquer aprovação pelos órgãos da administração até o momento. Também não foram celebrados documentos vinculantes nem definidos os termos da operação.
“Portanto, não há qualquer garantia de que o potencial aumento de capital será aprovado e/ou consumado”, informaram em fato relevante. A resposta foi dada após uma reportagem de Lauro Jardim, que noticiou aprovação de aumento de capital de R$ 1,5 bilhão.
No 2T25, a receita líquida da Oncoclínicas caiu 6,5% na comparação anual, para R$ 1,46 bilhão, resultado 9% abaixo da projeção do BTG Pactual. O EBITDA ajustado recuou 59% no período, atingindo R$ 121 milhões e margem de 8,3%. O prejuízo líquido somou R$ 142 milhões, bem acima da estimativa de R$ 36 milhões do BTG.
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