Em meio a uma alta volatilidade, as ações da Oi (OIBR3) fecharam em alta de 34,6% nesta quarta (25). O papel encerrou o pregão negociado a R$ 2,10.
Nos últimos cinco dias, as ações da Oi dispararam 71,4% na bolsa. Das 10h30 de segunda (23) até esta quarta (25), o papel cresceu 29,7%.
O movimento surpreende o mercado e vai na contramão das recomendações de especialistas como os do UBS-BB, que derrubaram o preço-alvo da ação da Oi em quase 80% no domingo (22): de R$ 6 para R$ 1,35.
Oi: É a hora de comprar?
Instituições como o UBS-BB e o BTG Pactual (BPAC11) trabalham com recomendação neutra para o papel.
Em relatório, o UBS-BB afirmou que as novidades após o fim da recuperação judicial não foram tão favoráveis para a empresa telefônica. Os especialistas Leonardo Olmos, Andre Salles e Lucas Chaves argumentaram que os seguintes fatores não se moveram de forma favorável para as ações da Oi:
- Fim da recuperação judicial da Oi com uma dívida bruta de R$ 22 bilhões;
- Alavancagem acima de 10x Dívida Líquida/Ebitda;
- Falta de acordo definitivo com os credores quanto à renegociação da dívida.
“Além disso, há uma disputa com as grandes empresas de telecomunicação, que reivindicam R$ 3,5 bilhões como um ajuste pós-fechamento da avaliação do negócio de telefonia móvel da Oi“, ponderou o time do UBS-BB.
De acordo com o banco, até a data do fechamento do relatório, as ações da companhia tinham caído 77% nos últimos seis meses, mas a operação é negociada a 15 vezes do valor da empresa (EV)/Ebitda, em especial pela participação positiva da Oi na V.tal.
“Ficamos à margem e baixamos nosso preço-alvo para R$ 1,35, de R$ 6 (-78%), no aumento da alavancagem e na dificuldade de melhorá-la apenas com geração de fluxo de caixa“, destacou o UBS-BB em sua análise sobre as ações OIBR3.
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