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Mercado de produtos sustentáveis cresce cada vez mais rápido no Brasil

Mercado de produtos sustentáveis cresce cada vez mais rápido no Brasil

Mercado de produtos sustentáveis cresce cada vez mais rápido no Brasil

Não é algo novo pensar em sustentabilidade. Pensar de maneira consciente e procurar criar produtos mais sustentáveis não é de hoje. E está cada vez mais está na agenda das empresas.

Se por um lado quando no mundo dos negócios é evocada a etiqueta da sustentabilidade é possível pensar rapidamente em duas razões.

A empresa pode se importar com o meio ambiente e em como ele interage com nós – seres humanos. Nesta primeira linha, está em foco um modelo que não coloca o lucro acima de tudo. Antes, visa reconhecer o papel da humanidade na preservação do meio onde vive.

Saiba mais: Confira quatro ações de empresas que apoiam a sustentabilidade

Aos que a primeira abordagem aparenta ingênua e romântica demais, existe também um pensamento mais pragmático no que diz respeito aos negócios. Nem sempre se pode acreditar fielmente na legenda a empresa passa. Muitas vezes ela olha diretamente para o lucro do negócio. Neste caso, a sustentabilidade em questão seria um pano de fundo para atrair novos nichos para o negócio.

Atualmente, as duas formas estão juntas. Ao mesmo tempo em que as empresas se alinham a normas ambientais cada vez mais severas, elas melhoram sua imagem para o público. O resultado final continua o mesmo. Tornar-se sustentável hoje pode ser altamente lucrativo.

Mercado consumidor em ascensão

Um estudo realizado em 2018 pelo Instituo Akatu sobre consumo sustentável revelou que o número em ascensão de quem consome consciente no Brasil. Além disso, mostra-se o perfil das pessoas que pensam de forma sustentável. A pesquisa adota alguns critérios de uma vida mais sustentável para dividir os entrevistados em quatro grupo: indiferente, iniciante, engajado e consciente.

O levantamento “Panorama do Consumo Consciente no Brasil” aponta que:

Segundo a pesquisa, a maior barreira a ser transpassada é o esforço, para 60% do entrevistados. Para 25% deles, o preço do produto era a maior barreira. “A pesquisa mostra que há desejo de ser muito mais sustentável, mas que ele não se realiza a contento.”, declarou o diretor-presidente da Akatu, Hélio Mattar.

No Brasil, a sustentabilidade está na lista de TOP 3 preocupações. Outro estudo, “Green is the new black” feito pelo Nielsen revelou que para 32% o consumo consciente está entre as três primeiras preocupações.

Segundo a Nielsen, o número de pessoas que afirmam manter práticas sustentáveis em casa é de sete milhões. A venda de produtos para hábito e atitudes sustentáveis já concentram 18,2% do setor de Higiene & Beleza.

Conforme o levantamento, os produtos mais consumidos:

Além da embalagem, o critério mais reconhecido pelo consumidor como sendo sustentável foi o de cruelty free. A prática tem taxa de crescimento 61% maior que produtos classificados como não sustentáveis. O grupo de ingredientes naturais é o que tem o maior ritmo de crescimento, com uma taxa de 124%.

Novo modelo de negócios

A Orgânico natural é uma empresa que tenta implantar esse maneira de fazer negócios. Ela é uma loja virtual com o foco em produtos sustentáveis.

Segundo a Orgânico natural, a empresa busca alternativas para o consumo consciente e saudável. Ao mesmo, a loja observou uma tendência a 10 anos atrás de demanda por produtos veganos no Brasil.

A comunidade vegetariana já soma 14% de brasileiros segundo a última pesquisa IBOPE. A loja, então, viu a oportunidade de abrir um negócio com um nicho específico.

“A tendência vem para ficar. Acredito que as demandas só vão aumentar”, Afirmou Jonas Lima, gerente de marketing da Suavetex – indústria de higiene bucal parceira da loja virtual.“Em uma economia que vai mal, os consumidores querem opções”, afirmou.

Outro modelo é de marcas já consolidadas. Em lista compilada pela revista canadense Corporate Knights, mostra-se as 100 empresas mais sustentáveis do mundo. A lista é divulgada todo ano, durante o Fórum de Davos

De acordo com a listagem, entraram o Banco do Brasil, em 8º lugar (contra o 49º em 2018), na melhor posição entre as empresas brasileiras; Natura, em 15º (14o em 2018); CEMIG, em 19º (18º); e ENGIE Brasil Energia, em 72º (52º).

Segundo os cálculos da Corporate Knights, a satisfação dos acionistas aumenta conforme as empresas desenvolvem práticas sustentáveis . Entre os anos de 2005 e 2018, as 100 empresas do ranking obtiveram um retorno de investimento de 127,35%, enquanto a média geral foi de 118,27%, de acordo com o índice MSCI All Country World Index.

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