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Magalu (MGLU3) avança em margens no 1T25, mas crescimento segue tímido

Margens em alta: Magalu foca na rentabilidade e melhora desempenho operacional no 1T25.

Margens em alta: Magalu foca na rentabilidade e melhora desempenho operacional no 1T25. Créditos: Divulgação

O Magazine Luiza (MGLU3) registrou no primeiro trimestre de 2025 um EBITDA ajustado de R$ 759 milhões, com margem de 8,1% — um dos maiores patamares históricos da companhia para o período. O avanço de 0,7 ponto percentual em relação ao 1T24 é atribuído ao crescimento da receita de serviços e à melhora na margem de contribuição tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce.

As vendas totais do ecossistema Magalu somaram R$ 16,1 bilhões entre janeiro e março, crescimento de apenas 0,2% na comparação anual. O e-commerce respondeu por R$ 11 bilhões do total, enquanto as lojas físicas movimentaram R$ 5 bilhões, com avanço de 7,1% nas vendas mesmas lojas.

Apesar da margem recorde, o lucro líquido caiu 54% na comparação com o 1T24, encerrando o trimestre em R$ 13 milhões. Segundo a companhia, a queda se deve ao aumento das despesas financeiras, refletindo uma curva de juros ainda pressionada.

“Aumentar as margens operacionais segue como prioridade do Magalu”, diz a companhia em mensagem da diretoria. “A evolução da margem de contribuição em todos os canais de vendas e o crescimento dos serviços foram fundamentais para a expansão do EBITDA.”

Um dos destaques do trimestre foi o desempenho da Luizacred, que reportou lucro líquido de R$ 84 milhões — frente a R$ 13 milhões no 1T24. A operação também teve melhora nos indicadores de inadimplência, com queda de 1,3 ponto percentual nos atrasos acima de 90 dias.

O Magalu também anunciou a obtenção da licença do Banco Central para a MagaluPay SCFI, nova financeira do grupo. A expectativa é de que a estrutura torne a operação de crédito mais escalável e permita novas ofertas de investimento.

Outros segmentos que contribuíram para o resultado foram o Magalu Ads, cuja receita cresceu 53% no trimestre, e o Fulfillment, que já representa 24% dos pedidos do marketplace (3P).

No caixa, o Magalu fechou março com posição líquida de R$ 2,1 bilhões. A empresa captou mais R$ 1 bilhão em debêntures e US$ 130 milhões em financiamento com a International Finance Corporation (IFC), ligada ao Banco Mundial. Os recursos devem apoiar a expansão da MagaluCloud e novos investimentos em tecnologia.

Magazine Luiza (MGLU3): analistas divergem sobre resultados

Apesar do desempenho operacional positivo em margens, analistas classificaram o resultado do Magazine Luiza como misto. O BB Investimentos apontou que, embora a rentabilidade tenha evoluído, o crescimento da receita continua tímido e abaixo da inflação, o que “gera preocupação quanto à capacidade da companhia de se manter presente em um ambiente competitivo como o qual está inserida”.

A casa destacou ainda que o foco da empresa agora será no aumento de receita e conversão em vendas, mantendo recomendação neutra e preço-alvo de R$ 9,00 para MGLU3. A XP Investimentos também considerou o resultado misto, com pressão sobre a demanda e consumo de caixa no trimestre, mas com destaque para a melhora consistente nas margens.

Segundo os analistas Danniela Eiger e Gustavo Senday, “a diretoria continua focada em melhorar as taxas de conversão ao longo de 2025, embora a margem permaneça um foco chave”. Para a XP, mesmo com o ambiente macro desafiador, o Magazine Luiza (MGLU3) mostra sinais claros de fortalecimento de sua rentabilidade.

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