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IRB Brasil (IRBR3) “está no caminho certo”, segundo BTG Pactual

Com novo CFO, companhia sobe praticamente sozinha no Ibovespa hoje, com índice amargando perdas em praticamente todos os papéis - Foto: Divulgação

Com novo CFO, companhia sobe praticamente sozinha no Ibovespa hoje, com índice amargando perdas em praticamente todos os papéis - Foto: Divulgação

Após realizar uma reunião com a presença do diretor-executivo (CEO) interino do IRB Brasil (IRBR3) Wilson Toneto e do diretor financeira (CFO) Werner Suffert, o BTG Pactual (BPAC11) afirmou que a companhia está no caminho certo e que o fim da fiscalização especial da Superintendência de Seguros Privados (Sesup) marca a virada de uma página relevante na história da empresa.

O encontro, segundo o analista Eduardo Rosman, foi marcado principalmente pela apresentação de detalhes colocados em prática pela gestão atual. O IRB deixou claro, de acordo com Rosman, que “consertar o passado era a chave, mas agora é hora de falar sobre o futuro”.

Segundo o Toneto, a resseguradora deve apresentar o seu plano estratégico de recuperação após a divulgação do seu balanço do primeiro trimestre de 2021 – isso se a nova diretoria o aprovar. “O IRB mostrou estar em um processo que envolve limpar, consertar e crescer, e a administração está convencida de que garantirá maior lucratividade”, afirma o relatório do BTG Pactual.

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Esse processo, porém, não deve se dar em apenas um ano, o que é assumido pela própria direção, que espera que os resultados voltem à uma boa velocidade apenas entre 2022 e 2023. 2021 seria ainda um “período de transição”, apesar da crença de que já hajam lucros neste intervalo – em janeiro, por exemplo, a companhia registrou lucro líquido de R$ 17,9 milhões. Os números de fevereiro devem ser divulgados em breve.

Toneto afirmou que a IRB vem conseguindo se reposicionar, em parte por a indústria global de resseguros crescer (em janeiro, a companhia pontuou que o faturamento de seguradoras avançou quase 10% na base anual) no geral, e também por se tratar de um mercado difícil, o que diminui a concorrência e permite que ajustes de preços sejam mais facilmente aplicados. A companhia vem conseguindo aumentar seus prêmios e não renovou alguns contratos que considerava pouco atraentes.

“O portfólio renovado e revisado e o crescimento mais lucrativo em novos contratos devem significar que a parte de liquidação do negócio impacta cada vez menos os resultados financeiros ao longo do tempo”, diz o BTG.

BTG fica impressionado com comprometimento de CEO da IRB

“Foi a primeira vez que conhecemos Toneto e ficamos impressionados. Perguntamos se ele permanecerá como CEO e ele descartou. Ficará como vice-presidente e está totalmente comprometido com a IRB, acreditando que trazer alguém de fora é melhor. Alguém sem envolvimento algum com o que aconteceu nos últimos 12 meses na companhia”, diz o banco.

Embora o patrimônio líquido da IRB ainda esteja sendo reconstruído, ela estaria em bom ponto de solvência e liquidez, principalmente após as últimas emissões: a resseguradora levantou no fim de 2020 cerca de R$ 229 milhões com debêntures.

A IRB, para o BTG, parece estar em “boa forma”, apesar da lucratividade continuar sob pressão. O banco manteve sua recomendação neutra e o preço-alvo em R$ 6,50. Às 13h30, as ações ordinárias da resseguradora caem 0,60%, negociadas a R$ 6,28.

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