As implicações que o novo coronavírus (Covid-19) já traz à economia global continua a abater o mercado acionário por todo o mundo. No Brasil, o principal índice acionário do País, o Ibovespa, operava em queda nesta segunda-feira (23).
Próximo das 11h40, o Ibovespa registrava queda de 4,07%, aos 64.341 pontos. Os destaques negativos do pregão eram as ações da Ultrapar (UGPA3), com queda de 11,52%, a R$ 10.91, Cemig (CEMIG3), baixa de 10,67% a R$ 7,95 e Lojas Renner (LREN3), que caia 10,26%, a R$ 30,88.
O tom da baixa é o mesmo que vem atormentando os mercados nas últimas semanas. A queda na demanda, causada pelas restrições impostas pelo coronavírus, devem impactar os balanços das empresas. Assim, o mercado se antecipa, vendendo os papéis e fazendo com que o valor caia.
Ibovespa deve continuar com coronavírus no radar
O principal índice de ações do Brasil deve continuar a ser influenciado pelas notícias acerca do coronavírus nos próximos dias.
De acordo com Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos, os impactos da pandemia devem ser sentidos na B3, a bolsa de valores de São Paulo.
“Nos próximos dias continuaremos vendo uma série de anúncios que mostram reação dos governos ao coronavírus. Mas não podemos esquecer que notícias sobre proliferação do vírus continuarão dando o tom, bem como outros fatores bem preocupantes, como os impactos na economia e onda de desemprego”, disse o analista.
Além disso, a volatilidade deve permanecer, na avaliação de Salomão.
“O mercado já precificou muita coisa ruim e agora começa a precificar o qual o impacto econômico gerado por um lock down tão grande. Devemos ter volatilidade grande nos próximos dias assim como tivemos nas semanas anteriores”, afirmou sobre o Ibovespa.
