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Ibovespa sobe com dados de inflação e encosta novamente no recorde histórico

Ibovespa Foto: B3/Divulgação

Ibovespa Foto: B3/Divulgação

O Ibovespa teve um pregão de ganhos moderados nesta sexta-feira, impulsionada por indicadores de inflação mais fracos que o previsto no Brasil e nos Estados Unidos, o que reforçou as apostas em cortes de juros e estimulou os ativos de risco. A alta foi sustentada, sobretudo, por ações ligadas à economia doméstica, mas perdeu força ao longo da tarde diante da cautela dos investidores com o cenário político internacional.

O Ibovespa fechou em alta de 0,31%, aos 146.172,21 pontos, após alcançar máxima de 147.239,76 pontos pela manhã, bem próxima do recorde histórico de 147.578,39 pontos registrado em 30 de setembro. Na semana, o índice acumulou valorização de 1,93%, praticamente zerando as perdas de outubro, que agora somam -0,04%. No ano, o avanço chega a 21,52%.

Inflação abaixo das projeções anima o mercado

Segundo analistas, a trégua na inflação foi o grande motor da sessão. O núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA subiu 0,2% em setembro ante agosto, abaixo da estimativa de 0,3%, abrindo espaço para que o Federal Reserve reduza juros já na próxima semana.

No Brasil, o IPCA-15 avançou apenas 0,18% em outubro, também abaixo da expectativa de 0,24%. De acordo com o PicPay, os principais indicadores de inflação subjacente vieram mais fracos, o que “coloca uma assimetria baixista para o IPCA de 2025, com probabilidade moderada de encerrar dentro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN)”.

Para o analista Fernando Bresciani, do Andbank, o resultado reforça o otimismo: “O IPCA-15 veio melhor do que esperado, indicando uma deflação. Nos Estados Unidos, a inflação de setembro foi ligeiramente mais fraca, o que é muito bom”.

Expectativas de política monetária e balanços

O alívio inflacionário reacendeu as apostas de que o Fed pode anunciar mais uma redução de juros na reunião da próxima quarta-feira, movimento que tende a favorecer mercados emergentes. No Brasil, o mercado acompanha também a próxima decisão do Copom, que poderá avaliar a desaceleração inflacionária recente.

Entre os destaques corporativos, há expectativa positiva para os resultados do Bradesco (BBDC4), que pode registrar alta no lucro e no retorno sobre o patrimônio (ROE), além de crescimento mais moderado na carteira de crédito. Também são aguardados balanços de Telefônica Brasil (VIVT3) e Vale (VALE3), com projeções de resultados robustos.

Ainda assim, o pregão perdeu força no fim da tarde, em meio à liquidez reduzida — o giro financeiro somou R$ 16 bilhões, bem abaixo da média diária de R$ 23 bilhões — e à cautela dos investidores diante da expectativa de um encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, previsto para domingo.

Dólar e bolsas internacionais

O dólar encerrou o dia em leve baixa, refletindo a percepção de enfraquecimento da inflação americana e a possibilidade de flexibilização monetária pelo Fed.

Fechamento das bolsas americanas:

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa fechou na última quinta-feira, 23, em 145.735,57 pontos, acumulando alta de 0,6% na sessão anterior e ampliando os ganhos semanais antes do pregão desta sexta-feira.

Com Estadão Conteúdo

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