O Ibovespa fechou nesta terça-feira (6) em alta leve, de 0,02%, aos 133.515,82 pontos, depois de oscilar durante o dia entre a mínima de 133.260,24 e máxima de 134.135,29 pontos, com giro a R$ 22,2 bilhões. Na semana, o índice da B3 recua 1,20% e, no agregado das três primeiras sessões de maio, cai 1,15%. No ano, avança 11,00%.
No quadro mais amplo, as atenções estão voltadas para o Copom (Comitê de Política Monetária), que depois do fechamento dos mercados nesta quarta-feira (7) deve anunciar nova elevação da Selic, provavelmente em meio ponto porcentual, a 14,75% ao ano — ao menos é essa a projeção da maioria dos analistas.
“A bolsa vem de sequência bem positiva nas últimas semanas, em que renovou as máximas do ano, e ainda há potencial para reprecificação, com o fechamento observado especialmente nas taxas mais longas na curva de juros”, diz Felipe Moura, analista da Finacap Investimentos.
Apoiando a recuperação das ações de Petrobras na sessão, os contratos futuros do petróleo dispararam, recuperando as perdas das sessões anteriores. Além da realização de lucros em posições vendidas e recompras, a forte valorização da commodity foi impulsionada pello retorno dos compradores chineses ao mercado após o feriado de segunda-feira e o agravamento das tensões no Oriente Médio e no Leste europeu.
Durante o dia, a Rússia interceptou drones ucranianos em seu território, Israel lançou ataques retaliatórios aos houthis no Iêmen e a Índia realizou ataques ao Paquistão em disputa pelo território da Caxemira.
Após feriado na China, o contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da bolsa de Dalian, para setembro de 2025, fechou o dia estável, a 704,50 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 96,88. Por sua vez, em Cingapura, após quedas recentes, houve recuperação, com o contrato futuro para junho em alta de 1,18%, a US$ 97,70 por tonelada.
Ibovespa: confira as principais altas e baixas do dia
O dia foi de recuperação para Petrobras (PETR3, +1,57%; PETR4, +1,65%) e de estabilidade para Vale (VALE3, +0,08%), ação de maior peso individual no Ibovespa. Na ponta ganhadora do índice, destacaram-se ações do setor de petróleo e gás, favorecido pela retomada do Brent (+3,19%) e do WTI (+3,43%) durante o dia.
No lado oposto do Ibovespa, o GPA – Pão de Açúcar (PCAR3) se destacou com a maior queda, acima de 20%, no primeiro pregão após apresentar um balanço trimestral considerado fraco. A BB Seguridade (BBSE3) também teve queda forte, no mesmo cenário, depois de apresentar os resultados do 1T25..
Bolsas americanas têm novo dia de queda
As bolsas de Nova York fecharam a terça-feira em queda pelo segundo pregão seguido, em meio à expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O Dow Jones recuou 0,95%, a 40.829,00 pontos. O S&P 500 teve queda de 0,77%, a 5.606,91 pontos, e o Nasdaq recuou 0,87%, a 17.689,66 pontos.
O Federal Reserve iniciou nesta terça-feira sua reunião de dois dias, com a decisão sobre a política monetária marcada para quarta-feira. A expectativa é de manutenção dos juros no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano, mas os investidores estarão atentos à fala de Jerome Powell, especialmente sobre os impactos inflacionários das tarifas projetadas pelo governo de Donald Trump aos produtos importados, que devem começar a ser efetivamente aplicadas em julho.
Com Estadão Conteúdo
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