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Vai ter greve dos Correios às vésperas da Black Friday? Tudo o que se sabe até o momento

Correios. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

Correios. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.

Os sindicatos dos Correios em São Paulo, Bauru (SP) e nos Estados do Rio de Janeiro e Maranhão submeterão à votação entre esta quarta (22) e quinta-feira (23) a proposta de deflagração de greve. O movimento ocorre às vésperas da Black Friday. As associações são representadas pela federação Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios).

A greve poderia impactar a Black Friday, importante data para o varejo nacional, prevista para ocorrer nesta sexta-feira (24).

De acordo com a Findect, o sindicato dos Correios em Tocantins já decidiu pela paralisação. Nesta quarta, a federação informou que trabalhadores de outras localidades também decidiram pela greve. “Sem aumento, sem Black Friday”, diz o slogan do movimento.

Segundo a federação, os Correios se recusam a resolver questões relacionadas à assinatura de acordo coletivo.

Entenda a greve dos Correios

A Findect, que representa 40% do efetivo nacional dos Correios e 60% do fluxo postal do país, disse em comunicado à imprensa que um ponto crucial é a não incorporação de R$ 250 ao salário base, considerada uma “afronta direta aos trabalhadores, contradizendo o que foi negociado na mesa de negociação coletiva.”

Ainda segundo a entidade, a proposta de pagamento deste montante em ‘passos’ não traz benefícios concretos, e coloca em risco a estabilidade financeira da categoria. Para justificar a greve dos Correios, o grupo também menciona a falta de realização de concurso público pelos Correios.

A federação também alertou sobre a iminente tributação sobre uma bonificação acordada em janeiro entre a empresa e os sindicatos, avaliada em R$ 1,5 mil, o que representaria um sério risco de redução substancial desses valores, aumentando os prejuízos para os trabalhadores.

O que dizem os Correios

Segundo os Correios, a empresa concedeu aumento linear de R$ 250 “para a maior parte do efetivo”, equivalente a um reajuste médio de 6,36% para mais de 71 mil funcionários a partir de janeiro do ano que vem.

Os Correios citaram, ainda, que em 2023, pela primeira vez após sete anos, assinaram acordo coletivo de trabalho, “que recuperou mais de 40 cláusulas que haviam sido extintas pelo governo anterior”.

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