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Vale (VALE3) tem ‘lugar tomado’ em preferências do BBA

Initial stage of melalurgy, machinery for the extraction of raw ore.

Em novo relatório sobre suas preferências setoriais, analistas do Itaú BBA trocaram a Vale (VALE3) pela Gerdau (GGBR4) olhando para mineração e siderurgia.

“A companhia tem a nossa preferência devido à maior exposição da Gerdau à dinâmica global do aço em relação aos seus pares, que dependem fortemente dos preços do minério de ferro – que vêm sofrendo nas últimas semanas”, diz o BBA ao trocar a Vale pela Gerdau.

“O mercado doméstico de aço ainda parece desafiador, mas entendemos que a companhia deve começar a ver melhora nas margens devido aos esforços da estratégia de redução de custos. Além disso, vemos a empresa como mais defensiva quando comparada aos seus pares devido às operações nos Estados Unidos”, completa.

Apesar disso, a recomendação do BBA para as ações da Gerdau é neutra, com preço-alvo de R$ 24, ao passo que os papéis negociam a cerca de R$ 22 em bolsa.

Além da retirada de VALE3 do portfólio, especialistas do BBA fizeram duas outras alterações: Ânima (ANIM3) entrou no lugar de Yduqs (YDUQ3) no setor de educação e Grupo Soma (SOMA3) entra no lugar de Carrefour (CRFB3) no setor de varejo.

BTG projeta cenário para companhia com minério a US$ 100; confira

Em relatório, o BTG Pactual (BPAC11) fez algumas projeções para a Vale em um cenário em que os preços do minério de ferro se mantêm próximos de US$ 100 por tonelada, em vez de US$ 120-140/tonelada.

Segundo o banco, o preço do minério de ferro tem apresentado muito mais volatilidade do que o previsto há algumas semanas, quando a casa rebaixou a recomendação para as ações da Vale.

A casa acredita que os indicadores-chave de desempenho (KPI, na sigla em inglês) do minério de ferro têm apresentado “tendências na direção errada”, incluindo:

“Até vermos uma estabilização/inflexão nesses dados (principalmente estatísticas imobiliárias), acreditamos que os preços do minério de ferro poderão permanecer pressionados”, escreve o BTG.

BTG Pactual vê Vale gerando US$ 15 bilhões em Ebitda em 2024

Assim, em um cenário em que os preços do minério de ferro se mantêm próximos de US$ 100 por tonelada, em vez de US$ 120-140/tonelada, o BTG vê a Vale (VALE3) gerando cerca de US$ 15 bilhões em Ebitda em 2024. “Isso implica um risco de queda relevante para as estimativas de consenso na ordem de 19%”, pontua.

Além disso, de acordo com as estimativas do banco, mesmo assumindo perto de US$ 1 bilhão em liberação de capital de giro, enxergam a empresa gerando um fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE) de 7%.

Vale pagará dividendos com minério próximo a US$ 100? Veja projeção do BTG

Ainda diante deste cenário, o BTG avalia que o cenário base deveria considerar apenas pagamentos mínimos de dividendos da Vale.

“Acreditamos que a administração optaria prudentemente por executar uma política de dividendos e um balanço patrimonial mais conservadores. Calculamos o rendimento mínimo de dividendos de 6-7% em 2024”, ressalta.

Para a casa, a dívida líquida expandida em relação ao Ebitda oscilaria em torno de 1x neste ambiente, colocando a Vale acima de seus pares de mineração diversificados em 0-0,5x.

“Portanto, apesar de as ações terem corrigido quase 20% no acumulado do ano, os riscos de lucros aumentaram numa magnitude semelhante. Permanecemos neutros e vemos melhor valor em outras partes do nosso universo de cobertura”, encerra o BTG em relatório sobre a Vale.

Cotação das ações da Vale

As ações da Vale caem 0,5% no intradia desta quinta-feira (28), a R$ 60,27 por volta das 12h20.

No acumulado de 2024, os papéis da Vale caem 21%.

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