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Geração Z: dos jovens que guardam dinheiro, 53% mantém na poupança

geração z

47% dos jovens da Geração Z não realizam o controle das finanças. (divulgação)

Cerca de 47% dos jovens da chamada “Geração Z”, cuja amostra da pesquisa selecionou aqueles que atualmente tem idades entre 18 e 24 anos, não realizam o controle de suas finanças pessoais. Dentre os jovens que guardam dinheiro, 53% mantém as aplicações na poupança.

A informação faz parte de um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), além do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Segundo o levantamento referente aos hábitos da Geração Z, as razões para não controlar as finanças pessoais são:

Dos jovens entrevistados da Geração Z, 78% garantem ter alguma fonte de renda. Deste percentual:

A amostra do levantamento contou com 801 jovens brasileiros de ambos os gêneros, residentes em todas as capitais. A margem de erro no geral é de 3,5 pontos percentuais, a um intervalo de confiança de 95%.

Poupança é principal meio de guardar dinheiro

Ainda de acordo com o estudo do SPC Brasil, da CNDL e do Sebrae, 52% afirmam ter dinheiro guardado. Deste percentual:

Os motivos para que os jovens da Geração Z tenham dinheiro guardado são:

12% dos que têm algum investimento realizaram o mesmo em fintechs ou startups do segmento financeiro.

O estudo revelou que 65% dos jovens da Geração Z contribuem financeiramente para o sustento da casa. Nove em cada 10 jovens mencionaram ao menos alguma despesa com a casa, sendo as mais comuns:

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Geração Z impulsiva

Dentre os entrevistados, 56% admitem que costumam ceder aos impulsos quando desejam comprar algo. Cerca de 47% afirmaram que perdem a noção de quanto podem gastar com atividades de lazer. E 34% declararam que gostam de ter um produto que a maioria dos amigos têm.

Cerca de 32% dos jovens da Geração Z alegaram que a forma como gastam o dinheiro é motivo para brigas frequentes com pais, familiares ou cônjuge.

“Embora a crise econômica e desemprego elevado ajudem, em parte, a explicar as dificuldades financeiras dos jovens, é preciso ressaltar a importância de investir na formação e na educação financeira dessa parcela da população. A seu favor eles têm a enorme familiaridade com a tecnologia e o pensamento lógico, a fluidez ao transitar entre os ambientes físico e o online, a aptidão intrínseca para absorver e compreender novas formas de interação social mediadas pelos aplicativos e ferramentas online, bem como para colocar ideias novas em prática”, explicou presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

Em adendo, 37% já estiveram com o nome negativado (“sujo”). E as razões para o fato acontecer são:

Saiba mais – Pesquisa mostra que 75% dos brasileiros não consegue poupar dinheiro 

O futuro: aposentadoria

O levantamento revelou que 75% dos jovens não se preparam para a aposentadoria. Dentre os que possuem estratégia para o futuro:

As razões que a Geração Z aponta para preparação para a aposentadoria envolvem:

Os 25% que não possuem planos para a aposentadoria afirmam que:

“É importante observar que os jovens precisam ter objetivos financeiros claros e aprender a controlar o imediatismo e os impulsos de consumo, evitando gastos excessivos desde cedo para que não se tornem hábitos e comprometam a saúde financeira e o atingimento de metas no futuro”, afirma Costa.

Apesar da falta de preparo da maioria dos entrevistados, os efeitos negativos no futuro não são negados:

Instrumentos financeiros

Dentre os principais instrumentos financeiros citados, os jovens possuem:

Dentre as dívidas mencionadas, independentemente de estarem em dia ou não:

Geração Z

A Geração Z reúne os nascidos entre 1995 e 2010 (os jovens que hoje possuem nove e 24 anos). São considerados os primeiros nativos digitais: um ambiente tecnológico definido pela mobilidade digital e pela onipresença da internet e das conexões em rede.

“A Geração Z está vivendo seu período de formação intelectual num contexto social e cultural de intensas transformações, em que a todo momento surgem produtos e serviços mediados pela tecnologia. Esses jovens prometem ser a próxima grande força indutora do consumo e, na verdade, já tomam parte em muitas das decisões de compra de suas famílias”, comentou Costa.

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