Ícone do site Suno Notícias

Fundo imobiliário vende parte de edifício em SP e projeta faturamento com reforma

Fundo imobiliário HOFC11 vendeu parte do Edifício Rachid Saliba, em São Paulo.

Vista aérea do edifício Rachid Saliba - Foto: Divulgação

O fundo imobiliário HOFC11 concluiu a venda de parte do Edifício Rachid Saliba, situado na região da Avenida Paulista, em São Paulo, pelo valor de R$ 83.280.000,00. A proposta havia sido feita em fevereiro e prevê que o FII continuará sendo proprietário, de forma indireta, de 45% do imóvel.

Parte do pagamento, no total de R$ 25,6 milhões, será feito em 36 parcelas mensais de R$ 711,1 mil, corrigidas pelo IPCA, com a primeira parcela tendo sido paga na última segunda-feira (19), no ato do fechamento da negociação. 

O restante, no montante de R$ 57,680 milhões, será quitado por meio de cotas de um novo fundo imobiliário, com gestão da Barzel Properties, que assumirá a propriedade e o gerenciamento do novo imóvel. Esse valor deverá equivaler a 45% do patrimônio do novo FII, que será estruturado com a obrigação de realizar e custear um retrofit completo no imóvel, sem impacto na parcela que pertencerá ao HOFC11.

Segundo a Hedge, gestora do HOFC11, o objetivo é atualizar o edifício em relação aos atuais padrões de mercado de lajes corporativas. No escopo previsto para a obra estão ações como revitalização completa do térreo e fachada e modernização dos sistemas de ar condicionado e elevadores. 

Segundo a gestora, a venda acontece por um preço de venda 28% inferior ao valor de avaliação, mas a transação permitirá que o HOFC11 participe da potencial valorização que o imóvel busca alcançar com o investimento. O impacto na cota patrimonial deve ser de 13,82%, para R$ 56,48.

Fundo imobiliário HOFC11: mais sobre o edifício e o portfólio.

O Edifício Rachid Saliba foi construído em 1974 e tem 12.358,20 metros quadrados de área locável. Segundo o FII, o imóvel apresenta dificuldades operacionais e alguns de seus sistemas, como o ar condicionado, estão no fim de sua vida útil.

O HOFC11 vem registrando resultado operacional negativo com o prédio, que tem apenas 57% de ocupação e 20% de inadimplência, com inquilinos em fase de execução e despejo por falta de pagamento. O total arrecadado com as locações é insuficiente para pagamento dos encargos e da manutenção das áreas vagas.

A projeção, de acordo com levantamentos de mercado e comparações com edifícios similares na região da Avenida Paulista, é que a reforma permita ampliar o valor cobrado em mais de 50%, com forte crescimento de receita para o FII e, consequentemente, ganhos para o HOFC11. 

Por ora, não há projeção de mudança na retomada na distribuição de dividendos, que não acontece com regularidade desde dezembro de 2023. De lá para cá, a única distribuição foi extraordinária, realizada em junho de 2024, no valor de R$ 0,21 por cota.

A gestora acredita que a transação, combinada com a venda de outro ativo, o Edifício Alamedas, será suficiente para que o fundo imobiliário HOFC11 obtenha os recursos necessários para cumprir suas obrigações de curto e médio prazo.

Sair da versão mobile