Em julho, o fundo imobiliário HGRE11 registrou um resultado líquido de R$ 9,282 milhões, um desempenho inferior ao obtido no mês anterior, quando havia somado R$ 10,268 milhões.
O relatório gerencial do HGRE11 mostra que essa performance foi sustentada por uma receita total de R$ 12,538 milhões, contraposta a despesas de R$ 3,255 milhões no período.
Do montante apurado, o fundo imobiliário HGRE11 distribuiu R$ 10,045 milhões em dividendos, valor equivalente a R$ 0,85 por cota, com pagamento realizado em agosto.
Na base por cota, a receita do mês foi de R$ 1,06, resultando em um lucro de R$ 0,79 por cota. Entre os fatores que influenciaram o resultado, destacam-se o recebimento da sétima parcela da venda do ativo Brasilinterpart, com impacto positivo de cerca de R$ 0,01 por cota.
Também foi destaque a multa rescisória paga pela Armac pela saída antecipada, adicionando aproximadamente R$ 0,04 por cota ao resultado distribuível.
O que mudou na carteira do fundo imobiliário HGRE11?
O mês também foi marcado por movimentações relevantes no portfólio de locatários. A Secretaria de Educação (SEDUC) assumiu o espaço no ativo Guaíba, enquanto a Trio Eventos passou a operar o centro de convenções da Torre Martiniano.
Essas mudanças reduziram a vacância física para 10,0% e a financeira para 6,7%. Para agosto, estão confirmadas três novas locações pelo FII HGRE11, sendo elas:
- S5 Engenharia ocupará 767 m² no ativo Guaíba;
- Clariens assumirá 757 m² na cobertura da Torre Martiniano, área que antes estava reservada para um projeto de rooftop;
- Blackbox passará a utilizar 575 m² no ativo Jatobá.
Em contrapartida, a saída da locatária Reply do CENESP, prevista para agosto, elevará a vacância física projetada para 10,6% a partir da competência daquele mês.
Além disso, negociações estão em andamento para locação de 2.200 m² na Torre Jatobá com duas empresas e para a ocupação integral do andar devolvido no CENESP.
No período, também foram aplicados reajustes contratuais sobre 24.107 m² de Área Bruta Locável (ABL) do portfólio do fundo HGRE11.
A estrutura de capital do HGRE11 segue pouco alavancada, com dívida equivalente a 2,6% do valor do portfólio, sendo aproximadamente 80% dos vencimentos concentrados no longo prazo (acima de 12 meses).
O endividamento decorre de uma operação de securitização no valor de R$ 48 milhões, dos quais R$ 10 milhões vencem no curto prazo e o restante no longo prazo, estratégia que a gestão do HGRE11 considera saudável para sustentar o crescimento do fundo sem comprometer sua solidez financeira.
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