A Justiça suspendeu a decisão em primeira instância que questionava a validade da compra realizada pelo FII BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) da fazenda Vianmancel, em Nova Maringá (MT).
O BTG Pactual Terras Agrícolas comunicou nesta quarta-feira (17) que o credor da fazenda Vianmancel aceitou os argumentos da carteira e reconheceu que a compra do terreno pelo FII ocorreu de forma legal. Após a notícia, as cotas do BTRA11 fecharam em alta de 4,73%, a R$ 91,31. Desde o anúncio da recuperação judicial da fazenda Vianmancel, o fundo acumulava queda de 5%.
“O credor reconheceu ser legítima, boa e hígida a aquisição dos imóveis pelo fundo, comprometendo-se a não formular novos pedidos de reconhecimento de fraude à execução relativamente à aquisição dos Imóveis feita pelo fundo”, pontua o texto.
Em junho, o antigo dono do imóvel e locatário do FII pediu recuperação judicial. Durante o processo um dos credores do locatário, ex-proprietário da fazenda, questionou a venda do ativo para o BTRA11.
A princípio, o credor afirmava que o espaço não poderia ter sido vendido, em função das dívidas do antigo dono.
O BTG Pactual Terras Agrícolas apresentou à Justiça petições que descartariam fraude à execução, transferência ou venda de bens para evitar o pagamento de dívida.
Saiba mais sobre o BTRA11
O fundo de terras comprou a fazenda em agosto de 2021, sendo o vendedor do ativo seu locatário, uma operação chamada de sale lease-back. O terreno representa atualmente 23% da receita contratada do fundo. Após o locatário decretar recuperação judicial, o fundo teve impactos importantes.
Neste mês, os dividendos do BTRA11 estão no mesmo patamar de junho, ou seja, R$ 0,70 por cota. Deste modo, o dividend yield do BTRA11 equivale a 0,87% em julho, anotando um DY anualizado de 11,27%. Em maio de 2022, ou seja, antes do problema com locatário, o fundo pagou R$ 0,94 por cota.
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